sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que esperar da Rio+20

Por Sucena Shkrada Resk, Planeta Sustentável

Marcada, em princípio, para maio de 2012, no Rio de Janeiro, a Rio+20 - Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento já vem provocando encontros de especialistas, ONGs e representantes da sociedade, desde o ano passado. De forma geral, espera-se que as decisões tomadas por lá sejam mais que um balanço dos últimos 20 anos que a separam da Rio 92, marco na história socioambiental mundial que resultou numa série de documentos importantes, como a Agenda 21, e também nas Convenções sobre Clima e Diversidade Biológica. Veja o que dizem os especialistas

Duas décadas se passaram, desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida por Cúpula da Terra e ECO ou Rio 92 considerada a mais importante conferência ambiental mundial até hoje. Mesmo depois de tanto tempo, o que se constata é que há muito a fazer na agenda socioambiental mundial, proposta durante o encontro. Com o objetivo inicial de se fazer um balanço de realizações e desafios, neste período, o Brasil sediará novamente o encontro organizado pela ONU - Organização das Nações Unidas, em 2012, em princípio, marcado para 14 a 16 de maio de 2012 (a edição de 92 teve 15 dias).

Esperar grandes resoluções da conferência ainda é prematuro, segundo representantes da organização brasileira e especialistas ouvidos pela Planeta Sustentável. Por outro lado, não são descartados acordos políticos, que possam readequar os rumos das ações atreladas aos principais documentos originados à época, tais como:

- Declaração do Rio de Janeiro
- Agenda 21
- Declaração de Princípios sobre as Florestas
- Convenção sobre Mudança do Clima
- Convenção sobre a Diversidade Biológica

No caso das convenções, as repercussões a serem analisadas se estendem aos processos das COPs – Conferências das Partes, sendo que as mais recentes foram respectivamente a COP10, de Nagoya, em 2010 (Diversidade Biológica) e CO16 , no México, sobre o Clima.

A Rio 92 foi um momento de conjunção política muito forte, com contexto que favoreceu os resultados alcançados. Embora haja dificuldade de se implementar as propostas, o evento é até hoje referência dos processos políticos e isso não está perdido. Os tratados e convenções são bons mas faltam ser cumpridos. A Rio+20 se propõe a fazer o balanço dessas lacunas”, destaca Fernando Lyrio, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MMA.
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Ele diz que, por um lado, há um certo ceticismo em torno da eficiência do sistema multilateral da ONU, devido a poucos resultados eficientes ao longo dos anos. Mas qual seria a alternativa a isso? “Não fazer nada seria inviável”, avalia.

Lyrio explica que a proposta da Rio+20 foi brasileira, com o objetivo de incorporar novos temas, além de se fazer um diagnóstico do que já foi realizado. “Na linha histórica, é importante recordar que antes, a primeira grande conferência foi em Estocolmo, em 72, e depois da Rio 92, houve a Rio+10 , em Johannesburgo, na África do Sul”.

A conferência, em 2012, tratará do tema desenvolvimento sustentável e terá duas prioridades.

Fonte: http://www.planetasustentavel.abril.com.br/

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Participe da campanha-relâmpago “Alimento para os Ikpeng”

A Associação Indígena Moygu Comunidade Ikpeng (AIMCI) está realizando uma campanha-relâmpago para comprar alimentos!

Neste semestre, as roças dos Ikpeng do Pavuru, no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, não produziram o suficiente para alimentar sua população, de cerca de 400 pessoas, o que resultou numa situação inesperada de falta de alimentos, especialmente aqueles mais importantes para sua dieta cotidiana: a mandioca brava e o polvilho, equivalentes ao nosso arroz com feijão.

A meta da campanha é arrecadar R$ 4.000, até o dia 15 de março de 2010, para comprar esses produtos e transportá-los até o Pavuru, completando a dieta básica de seus habitantes para o período de fevereiro a maio.



Por que isso aconteceu?

Entre 2009 e 2010, homens e mulheres ikpeng do Pavuru dedicaram boa parte de seu tempo à construção de sua nova aldeia. Esta não é uma tarefa fácil, pois requer ações articuladas e um intenso trabalho para construir todas as casas e abrir a área que será a praça central.

Desta vez, os Ikpeng tiveram de se deslocar mais do que o normal para encontrar os materiais para a construção das casas, já que estes estão cada vez mais escassos. Além disso, passaram por dois períodos de luto, que implicaram a paralisação de todas as atividades, em razão de uma sequência de rituais funerários.

Esse contexto de intensa ocupação fez com que os Ikpeng não dimensionassem direito o tamanho de suas roças e por isso elas não estão sendo suficientes para alimentar toda a população. As roças deveriam estar produtivas entre novembro e dezembro de 2010 para que a colheita e a estocagem do polvilho fossem feitas, garantindo o alimento no tempo das chuvas (de novembro a abril). Por isso, a aldeia enfrenta hoje dificuldades para alimentar a todos.

Para colaborar, deposite a quantia que quiser na seguinte conta:

Associação Ikpeng
Banco do Brasil
Agência: 1319-6
Conta corrente: 14.282-4
CNPJ: 05.264-209/0001-86

Para mais informações sobre os Ikpeng, acesse http://pib.socioambiental.org/pt/povo/ikpeng.

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Energia eólica poderia ser fator de desenvolvimento no Brasil

Por Sérgio Abranches, do Ecopolítica

O Brasil começa, timidamente, a admitir usinas eólicas em sua matriz elétrica. Mas está longe de ter uma política efetiva para energias renováveis alternativas.

Os últimos leilões específicos para energia eólica permitirão um avanço modesto, mas significativo, na capacidade instalada de geração eólica. A base desse crescimento é mínima, meros 650 MW em 2009. Hoje a geração está em torno de 930 MW. Nos leilões de 2009 e 2010 foram contratados 3,8 mil MW para entrega até 2013. Já é um volume mais significativo, mas muito pequeno, tanto em relação ao nosso potencial, quanto em relação ao que se faz na China, no EUA, na Alemanha ou na Espanha. Vários desses países têm potencial eólico menor e de mais difícil exploração que o nosso e geram muito mais.


Com essa evolução ainda muito moderada, começam a aparecer os primeiros especialistas em eólica e vai se formando um pequeno núcleo de interesses empresariais no mercado. O surgimento desses novos atores permite articular melhor as demandas e necessidades do setor.

Há três providências elementares que precisam ser adotadas para facilitar o desenvolvimento da energia eólica. A primeira é deixar de tratar a energia eólica como uma energia secundária e introduzi-la no centro de nossa matriz elétrica. Contra-senso gritante é que a termeletricidade, que foi admitida como um recurso de emergencial, hoje está no centro da matriz elétrica e tem expansão mais forte, mais subsídios e mais apoio político do que as fontes eólica e solar. O ministro Edson Lobão, que não é exatamente pessoa de notório saber na área, diz repetidamente que a única alternativa viável à hidreletricidade no Brasil é a térmica. Uma afirmação inteiramente destituída de fundamento. é uma afirmação que contraria a realidade mundial e mostra falta de isenção e objetividade ao com a segurança energética e a sustentabilidade do país.
A segunda providência elementar é dar melhor tratamento regulatório à energia eólica, com base em uma política efetiva de desenvolvimento do setor. A expansão de usinas onshore e offshore implicará em uma série de questões sobre uso do vento e localização de instalações, que demandam regulamentação que dê segurança aos investidores.

A terceira é fazer um inventário mais preciso de nossa capacidade eólica onshore e verificar nosso potencial eólico offshore. Não temos sequer bóias para monitoramento de ventos no mar em número suficiente. Há algumas estimativas acadêmicas com base em dados de satélite que mostram que temos grande potencial offshore em pelo menos metade da costa brasileira. Mas ainda são resultados estimativos.

Esse inventário do potencial eólico brasileiro completo é uma necessidade elementar e parte de um conjunto mais amplo de pesquisas sobre energia do vento no país. Os poucos agentes do setor demandam, com razão, que o Brasil precisa ter um centro dedicado à pesquisa e desenvolvimento sobre energia eólica. Precisamos também de um centro de testes para testar protótipos de turbinas e novas tecnologias que possam ser lançados comercialmente. Estudar melhor o regime de ventos, em cada região, onshore e offshore é, digamos, o básico primário do programa de pesquisas que precisamos ter. Estamos atrasadíssimos nesse campo. O EUA tem seu centro, a Europa tem vários centros nacionais e a UE tem uma política clara de apoio à pesquisa e desenvolvimento no setor e aqui. A Alemanha tem inciativas importantes de pesquisa e desenvolvimento e instalou um novo centro em 2009. Toronto, no Canadá, também criou um centro de pesquisas em eólica. A China criou também um centro com essa finalidade e tem um forte programa de cooperação para capacitação científica e tecnológica em energia eólica com a Alemanha.

São alguns parâmetros para medir nosso atraso na adoção e no desenvolvimento de energia eólica. A expansão de nosso parque eólico permitida pelos leilões de 2009 e 2010, que é significativa em relação à base instalada, mas pequena em relação a nosso potencial e em comparação à de outros países, será feita com equipamento importado. Foi possível apresentar propostas competitivas com importação total de equipamentos porque a crise econômica reduziu o custo deles e porque estamos em um momento de câmbio favorável aos importadores. Mas é claro que uma política de desenvolvimento da energia eólica supõe a criação de uma indústria competitiva de turbinas. A China se tornou grande exportadora de turbinas eólicas com poucos anos de investimento. Essa é uma outra vantagem importante da energia eólica (e também da solar) como fator de desenvolvimento. É ainda possível entrar competitivamente na indústria de turbinas e investir no desenvolvimento de novas tecnologias. No EUA e na Europa há vários modelos de turbinas em lançamento que não adotam o design típico dos cata-ventos. Resultado de pesquisas bem sucedidas são mais adaptados a situações específicas como, por exemplo, áreas de ventos muito turbulentos ou determinadas instalações offshore. Pode-se criar toda uma nova cadeia produtiva, nova cadeia de valor no país gerando milhares de “empregos verdes”. Uma oportunidade que as fontes “clássicas” não nos oferecem.

O governo insiste em uma política energética antiquada e inadequada para a realidade do Brasil e do mundo no século XXI. Uma política que é apresentada como necessária à nossa competitividade e ao desenvolvimento sustentado do país. Na verdade, essa política diminui nossa competitividade em geral e no setor energético em particular e não garante o desenvolvimento sustentado. Já uma política de diversificação na matriz elétrica, com mais ênfase em energias eólica e solar (fotovoltaica particularmente) seriam propulsores de crescimento sustentado, não apenas por fornecer insumos para outros setores, mas porque propiciariam a criação de novas cadeias produtivas. Elas fazem sentido em um programa de crescimento sustentado e sustentável. A política atual não faz. É tão obsoleta quanto a forma de escolha e a pessoa escolhida para comandar o setor de energia, que é o mais estratégico, no mundo todo.

Fonte: Envolverde

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sustentabilidade Também Pode Ser Digital

Por Thiago de Assis

Depois de transitar com muito vai-e-vem pelos âmbitos científico, acadêmico, empresarial e político, o conceito da Sustentabilidade finalmente chega à casa das milhões de famílias brasileiras. Além do resultado da rodada do futebol do dia anterior e da condição climática para o final de semana, os impactos do descarte de lixo doméstico ou do consumo residencial de água no aquecimento global passam a fazer parte da pauta de assuntos e preocupações cotidianas de boa parte dos cidadãos brasileiros.

Em outras palavras, depois que a palavra Sustentabilidade foi dita e “martelada” na consciência do cidadão uma porção de vezes durante os debates e a propaganda política das eleições para presidente e governador, o tema definitivamente entrou na agenda de prioridades da sociedade (e da mídia em geral) como relevante para seu envolvimento, contribuição e aplicação.


Este cidadão comum, que por sua vez também é um cliente de empresas e consumidor de produtos e serviços, cada vez mais se questiona em relação ao seu papel como agente de transformação e, por conseqüência, busca informações sobre como transformar seus hábitos e ações em aplicação da Sustentabilidade. Algumas das questões que se colocam são: Como devo contribuir? O que devo fazer para cumprir minha obrigação e co-responsabilidade? E quanto se fala de co-responsabilidade, cada pessoa (em seus diversos papéis: cidadão, consumidor, familiar, líder, etc) ou organização de pessoas (empresa, governo, entidade, associação, etc) tem sua “parcela de culpa e responsabilidade no cartório”.

Quando avaliamos o papel das empresas, outros pontos aparecem, tais como: Qual deve ser o conjunto de filosofias, ações e premissas que as empresas devem seguir, respeitar e incentivar para se tornarem qualificadas como praticantes da Sustentabilidade (considerando seus aspectos econômico, social e ambiental – triple bottom line)? Quão profunda ou ampla deverá ser a defesa de tais conceitos em sua adoção corporativa? E quais os resultados esperados para a empresa, para seus públicos de interesse e para o entorno?

Essas são questões complexas e existenciais, que mexem profundamente na cultura e no modelo de negócio das empresas, e que deverão ser respondidas no curto prazo por livre e espontânea pressão estratégica. Com o pequeno agravante de que a intensidade de cobrança das relações de co-responsabilidade entre os diversos envolvidos (e culpados) aumenta exponencialmente no ritmo das redes sociais digitais.

Neste contexto, não há espaço para a falta de transparência ou de diálogo contínuo com os diversos públicos de interesse, seja em relação a demandas relacionadas à postura sustentável da empresa ou não, pois o simples fato de atuar nas redes sociais representa uma oportunidade de aplicar a Sustentabilidade na prática.

Dessa forma, a aplicação digital da Sustentabilidade (ou o desenvolvimento de uma política e conduta de Sustentabilidade Digital) representa uma aplicação essencial do tema para as empresas conscientes e comprometidas com sua relação. Porém, um ponto importante a ser destacado se refere ao fato de que a Sustentabilidade Digital não é uma abordagem isolada de uma ou outra empresa, mas sim uma postura e compromisso setorial que não deve incluir apenas empresas, mas que fundamentalmente envolve o usuário e demais agentes como governo, universidades e ONGs.
Ou seja, de nada adianta a empresa ser digitalmente responsável se o usuário, consumidor ou funcionário não fizer sua parte.

Como a Web é uma rede de relações e relacionamentos, todos os agentes estão correlacionados e são, portanto, interdependentes e co-responsáveis por sua governança e utilização responsável.
Dessa forma, a definição de um Código de Conduta para a Atuação Digital Sustentável nas empresas se faz premente. Como a próprio conceito de Sustentabilidade demanda a construção conjunta e colaborativa (co-construção), colocamos a primeira pedra sugerindo as 5 primeiras políticas e diretrizes para as empresas se tornarem digitalmente sustentáveis.

SUSTENTABILIDADE DIGITAL


a) Responsabilidade no Relacionamento com Públicos de Interesse: Adoção de clareza e respeito à permissão de interação e acesso dada por cada público e adequação da mensagem, conteúdo e formato da informação (e rede de interação) ao seu interesse e perfil. 

b) Transparência na Comunicação Institucional: Garantir correção, atualização e prontidão na disponibilização de dados e informações de interesse e relevância para cada público. 

c) Transparência nos Processos de Transação Online: Garantir a realização de compras, vendas, aquisições, licitações, leilões e demais formas de transação com condições claras e regras bem definidas, evitando erros de compreensão ou indução ao erro. 

d) Responsabilidade no Monitoramento: Monitorar o comportamento do usuário para evitar fraudes à empresa ou aos públicos de interesse definindo os devidos limites entre monitoramento e invasão de privacidade. 

e) Utilização Devida da Propriedade Intelectual: Utilizar de forma responsável a propriedade intelectual através da citação de fontes e autores, no caso de conteúdo de terceiros, e da adoção de dispositivos de proteção de capital intelectual quando proprietário, bem como incentivo aos demais públicos de interesse sobre esta diretriz.
            Discorda ou tem um ponto de vista diferente sobre a adoção das políticas e diretrizes abaixo como Sustentabilidade Digital?

            Fonte: blog Webcontexto

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            As comunidades pacificadas no Rio tornam-se centros de bons negócios e lucros

            por Paulo Itacarambi

            Aproveitando uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (13/2), gostaria de retomar um assunto que já comentei aqui na CBN. A notícia do Estadão relata que a pacificação das comunidades cariocas tem aberto espaço para empresas lucrarem com o novo ambiente. Afinal, parte dos 30 milhões de brasileiros que “subiram” para a classe C vivem nessas comunidades e têm necessidades de consumo.


            Comunidades pacificadas mostram que o Estado precisa estar presente para garantir a segurança e um cotidiano tranquilo. Mas a presença da iniciativa privada oferecendo produtos e serviços de que esses milhões de pessoas estão carentes também é garantia de segurança e, principalmente, de desenvolvimento das comunidades.

            Eis o grande desafio das empresas: como “ocupar o espaço” e atender tais demandas? Por enquanto, as maiores beneficiárias desse mercado têm sido as empresas fornecedoras de serviços de TV por assinatura, telefonia e energia elétrica. Ou seja, o “gato” também está em extinção. A informalidade vem sendo substituída por contas de luz, TV paga e telefone que, se significam “despesas” aos moradores, também lhes garantem a cidadania.

            Para muitas outras companhias, porém, esses cidadãos ainda vivem em locais “inacessíveis”. Na verdade, parece que a nova realidade ainda não produziu mudanças entre os gestores, que não sabem direito o que fazer com esse imenso potencial.

            Por outro lado, algumas empresas já perceberam que precisam abordar esse público de maneira totalmente nova. A operadora OI, por exemplo, aproveita a calmaria para reverter o cenário de queda nas vendas de linhas fixas. A empresa já teve 37 mil assinantes no Complexo do Alemão, em 2007, e viu esse número baixar para 7.000 em 2010. Observa agora como que uma cidade de 600 mil habitantes surgir no meio do Rio de Janeiro e, com isso, pode ter como objetivo chegar ao fim de 2011 com 50 mil novos assinantes no local.

            Nesse sentido, vale a pena também retomar outra idéia já comentada aqui na CBN. A de que um dos principais objetivos das empresas (e também da sociedade e dos governos) deve ser buscar o bem-estar, por meio da redução das desigualdades.

            Como já comentamos, as dificuldades das empresas podem ser desdobradas em cinco dimensões:
            1 – Não saber se comunicar com o público;
            2 – Não conseguir trabalhar com margens de lucro mais baixas, apostando mais no volume de vendas;
            3 – Ter dificuldade em atender públicos diversos, conciliando as necessidades das classes A e B (supostamente mais sofisticadas) com as das classes C e D. Algumas empresas lançam uma “segunda marca”, mas é isso mesmo que precisa ser feito?
            4 – Ter dificuldade em orientar essas famílias sobre consumo consciente. No caso das comunidades, as empresas de energia elétrica têm feito campanhas para eficiência energética e até oferecido descontos para quem legaliza a sua ligação e paga em dia por um ano. A orientação no consumo vem animando os moradores a trocar eletrodomésticos antigos por modelos mais novos e eficientes. A existência oficial de endereço permite que o varejo entregue a compra na casa do morador. Esta é uma das maneiras de orientar o consumo. As próprias empresas podem encontrar outras maneiras, adequadas aos produtos e serviços que oferecem.
            5 – Angariar a confiança dos consumidores. Muitas vezes, eles não acreditam nas informações contidas em rótulos ou fornecidas por teleoperadores. Sem confiança, não será possível enfrentar os outros quatro desafios.

            Estes desafios precisam ser encarados pelas empresas por um prisma inovador. Elas precisam entender que negócios também são difusores de cidadania e que acesso ao mercado também significa acesso a direitos.

            Encontrar soluções inovadoras para vencer esses desafios significa bem mais do que garantir lucros para o negócio. Significa também contribuir para a consolidação de uma economia inclusiva, na qual os cidadãos são não apenas consumidores, mas construtores de seu próprio destino.

            Vencer tais obstáculos não é tarefa simples, mas sua superação pode abrir as portas para a sociedade mais sustentável e justa que buscamos.

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            segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

            Cursos Uniethos: Indicadores Ethos de RSE - participe!

            O curso Indicadores Ethos de RSE – Diagnóstico e Planejamento para a Gestão Socialmente Responsável tem por objetivo capacitar os gestores para que realizem a auto-avaliação das práticas de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas (RSE). Ele apresenta um panorama da RSE e do desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo, demonstra a importância do engajamento das partes interessadas e as ferramentas de gestão que auxiliam na incorporação sustentabilidade na gestão das empresas. Para a realização do diagnóstico e planejamento da gestão socialmente responsável, o curso foca no conhecimento dos Indicadores Ethos de RSE.

            Desde sua criação, no ano de 2000, os Indicadores Ethos é utilizado por um número cada vez maior de empresas e vêm se destacando como a principal ferramenta de diagnóstico, planejamento e monitoramento das práticas de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas e para o engajamento de suas partes interessadas.

            Os Indicadores Ethos abrangem os temas: Valores, Transparência e Governança; Público Interno; Meio Ambiente; Fornecedores; Consumidores e Clientes; Comunidade; e Governo e Sociedade.

            Objetivos
            - Capacitar os participantes para a utilização dos Indicadores Ethos de RSE como ferramenta de gestão para o diagnóstico da situação atual da empresa, em relação aos temas da RSE, e para produzir referências que contribuam para a inserção da agenda da RSE no planejamento estratégico e planos de ação da organização;
            - Orientar os participantes para a construção dos processos de conscientização e mobilização da empresa para os temas da RSE; e
            - Estimular a reflexão, o diálogo e a criatividade dos participantes, motivando-os para o aprimoramento da gestão da RSE em suas empresas, a partir da utilização dos Indicadores Ethos de RSE.

            A quem se destina

            Empresários, gestores de empresas, executivos, consultores e profissionais desejosos de se tornarem agentes de mudança nas suas organizações, atuando na transformação do modelo de gestão atual em um modelo alinhado com os princípios da responsabilidade corporativa e da sustentabilidade empresarial.

            Conteúdo
            - Alinhamento conceitual (Desenvolvimento Sustentável; Sustentabilidade Empresarial; Responsabilidade Social Empresarial; Partes Interessadas e Gestão Estratégica da RSE);
            - Modelo PDCA e os Indicadores Ethos;
            - Histórico, estrutura, conteúdo e metodologia dos Indicadores Ethos de RSE;
            - Plataforma, sistema e base de operação dos Indicadores Ethos de RSE;
            - Princípios e premissas para condução do processo de implementação dos Indicadores Ethos;
            - Estudo de caso e relato empresarial sobre a utilização dos Indicadores Ethos; e
            - Estrutura e orientação para compreensão e utilização do Relatório dos Indicadores de RSE.

            Duração: 16 horas (2 dias consecutivos)

            Horário: das 9h às 18h

            Local: São Paulo, SP

            Investimento: R$ 1.500,00

            Descontos:
            - 20% para associados ao Instituto Ethos;
            - 5% para inscrições em mais de um curso;
            - 5% para grupos acima de 3 pessoas.
            Obs.: valores cumulativos.

            Turmas:

            - 26 e 27 de maio de 2011 (inscrições abertas)

            Para mais informações, entre em contato pelo e-mail atendimento@uniethos.org.br ou pelo telefone (11) 3897-2439. Horário de atendimento: das 9h às 18h, de segunda à sexta.

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            Curso Uniethos: Gestão Estratégica para a Sustentabilidade - participe!

            Realizado, entre março e dezembro de 2011, o programa Gestão Estratégica para a Sustentabilidade tem por objetivo contribuir para a incorporação da sustentabilidade e da responsabilidade social na estratégia de negócio das organizações por meio da troca de experiências e capacitação de suas lideranças.

            Participam do programa entre sete e dez empresas que indicam três colaboradores em cargos de lideranças, responsáveis pela tomada de decisões estratégicas da companhia. Essas lideranças terão acesso a dez encontros de dois dias cada com especialistas em desenvolvimento sustentável e gestão socialmente responsável nas empresas.

            Um dos encontros proporcionará a vivência na ecovila do Instituto Visão Futuro para contato com a aplicação dos princípios operacionais dos sistemas biológicos da natureza, tanto na vida social quanto na econômica (Bioeconomia). O objetivo desta imersão é demonstrar um modelo que busca reverter situações de desequilíbrio econômico, social e ambiental causado pelo homem.

            A empresa contará ainda com a orientação do Uniethos para o desenvolvimento de um projeto aplicativo para a incorporação da sustentabilidade em um processo de sua gestão ou disseminação do conteúdo apresentado para os demais colaboradores.

            A edição de 2011 será a sexta turma do programa.

            Clique aqui para baixar a proposta detalhada do programa.

            Duração: 10 meses – 1 encontro de 2 dias a cada mês (de janeiro a dezembro 2011)
            Horário: das 9h às 18h
            Local: São Paulo, SP
            Investimento e Descontos: Veja proposta do programa

            Caso sua empresa tenha interesse em participar do programa Gestão Estratégica 2011 entre em contato com Margarida Curti Lunetta, pelo telefone (11) 3897 2432, ou pelo e-mail margo@ethos.org.br

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            Cursos Uniethos: Relatório de Sustentabilidade GRI - participe!

            O relatório de sustentabilidade é a principal ferramenta de comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações. O modelo de relatório da Global Reporting Initiative (GRI) é atualmente o mais completo e mundialmente difundido.

            Seu processo de elaboração contribui para o engajamento das partes interessadas da organização, a reflexão dos principais impactos, a definição dos indicadores e a comunicação com os públicos de interesse.

            Em 2007, a GRI iniciou o processo de construção do treinamento oficial para elaboração dos relatórios de sustentabilidade com base no modelo da entidade. O UniEthos, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) e a BSD formaram uma parceria para se credenciarem para a realização do curso certificado pela GRI.

            Em fevereiro de 2008, a parceria das três entidades foi a primeira do mundo a alcançar a certificação. Em abril de 2008, o UniEthos realizou a primeira turma do curso Relatórios de Sustentabilidade GRI certificado pela Global Reporting Initiative.

            A GRI foi criada com o objetivo de elevar as práticas de relatórios de sustentabilidade a um nível de qualidade equivalente ao dos relatórios financeiros. O conjunto de diretrizes e indicadores da GRI proporciona a comparabilidade, credibilidade, periodicidade e legitimidade da informação na comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações.

            A GRI empenha-se na melhoria constante das diretrizes e na sua adoção por diferentes países. Atualmente, mais de 1000 empresas produzem seus relatórios com base na terceira geração do modelo GRI-G3, sendo 60 delas brasileiras.

            A partir de 2010 o Uniethos realiza o curso separadamente do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) e a BSD.

            Objetivos
            - Capacitar os participantes no processo de elaboração do relatório de sustentabilidade, que inclui o preparo, engajamento das partes interessadas, definição do conteúdo, monitoramento e relato.
            - Proporcionar a reflexão, mensuração e relato do desempenho social, ambiental e econômico das organizações.

            A quem se destina

            Empresários, gestores de empresas, executivos, consultores e profissionais interessados na elaboração do relatório de sustentabilidade de suas empresas ou na realização de consultoria sobre o modelo GRI-G3.

            Conteúdo

            Parte 1: Introdução Conceitual e Preparação para o Processo de Relato GRI
            - O que é o relatório de sustentabilidade
            - O papel da GRI
            - O processo de elaboração do relatório de sustentabilidade
            - Os benefícios do processo de elaboração do relatório para as organizações e para a sociedade
            - Os desafios da produção de relatório
            - Planejamento para a elaboração do relatório modelo GRI
            - Exercício: passo-a-passo do planejamento de elaboração do relatório

            Parte 2: Diálogo com Stakeholders e Credibilidade do Processo de Relato GRI
            - Identificação e priorização dos stakeholders
            - Conhecimento das melhores práticas para engajar stakeholders e aumentar credibilidade
            - Como selecionar o conteúdo do relatório de sustentabilidade
            - Como selecionar e testar os principais temas e indicadores a serem publicados (teste de materialidade)
            - Exercício: teste de materialidade

            Parte 3: Definindo o Conteúdo do Relatório e Monitoramento
            - Definição dos objetivos para os aspectos de materialidade;
            - Seleção de indicadores-chave para o relatório e identificação de fontes de informação
            - Aplicação dos Princípios GRI para assegurar a qualidade da informação
            - O processo de monitoramento do relatório
            - Definição dos responsáveis pelas informações dos indicadores;

            Parte 4: Preparando o Relatório Final e Comunicando
            - Verificação e auditoria externa
            - Definição da forma de comunicação do relatório
            - Análise de relatórios Metodologia
            - Apresentação do conteúdo;
            - Trabalhos em grupos com relatórios empresariais modelo GRI
            - Discussões compartilhadas;
            - Estudo de casos.

            Materiais

            Além dos materiais didáticos do curso, os participantes receberão a publicação Caminhos: Ciclo Preparatório para Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade da GRI

            Instrutores

            Sonia Loureiro: administradora de empresas, desenvolveu carreira de 12 anos em empresas multinacionais como Citi, Cargill e Archer’s Daniels Midland. Coordena, pelo segundo ano consecutivo, o Grupo Brasileiro de Estudos da Global Reporting Initiative GRI-G3, iniciativa do UniEthos, do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) e da BSD. Foi co-coordenadora, entre 2003 a 2006, do curso Princípios e Práticas da Responsabilidade Social nas Empresas da Fundação Getulio Vargas, e docente do módulo Ferramentas de Gestão.

            Vânia Marques: M. Sc. em Ciência Ambiental pela UFF. Pós-Graduada em Gestão Empresarial pela Fund. Dom Cabral e Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF. Graduada em Veterinária pela UFMG. Ocupou posições de assessoria técnica em crédito rural e gerência no Banco do Brasil, onde trabalhou também com projetos sociais. Consultora em programas de gestão para a sustentabilidade e responsabilidade social, incluindo elaboração de relatórios de sustentabilidade GRI. Consultora em programa de desenvolvimento rural (Sec. Agricultura/BIRD). Pesquisadora e professora convidada em cursos de pós-graduação (UFF/Latec, IBMEC-RJ, IBP, Tribunal de Justiça-RJ) e outros, abordando os temas citados, especialmente normas sociais, relatórios de sustentabilidade, finanças sustentáveis, ética e governança. Instrutora do Uniethos e “Trainer” nomeada GRI. Membro do Grupo de Trabalho ABNT/ISO de Responsabilidade Social (ABNT:NBR 16001 e ISO 26000) e componente de fóruns como: GRI-G3 e ISE-Bovespa. Sócia-diretora da Vita Consultoria Ltda.

            Duração: 16 horas (2 dias consecutivos)

            Horário: das 9h às 18h

            Local: São Paulo, SP

            Investimento: R$ 2.250,00 para empresas não associadas.

            Descontos:
            - 20% para associados ao Instituto Ethos (investimento de R$ 1.800,00);
            - 5% para inscrições em mais de um curso;
            - 5% para grupos acima de 3 pessoas.
            Obs.: Valores cumulativos.

            Turmas:
            - 28 e 29 de março de 2011 (inscrições abertas)
            - 28 e 29 de junho

            Para mais informações, entre em contato pelo e-mail atendimento@uniethos.org.br ou pelo telefone (11) 3897-2439. Horário de atendimento: das 9h às 18h, de segunda à sexta.

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