sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Instituto Ethos e parceiros lançam plataforma por uma nova economia

Foi lançada nesta quinta-feira, 24/2, a Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável, iniciativa do Instituto Ethos, em parceria com a Alcoa, a CPFL, a Natura, a Suzano, a Vale, o Walmart e a Roland Berger.

A plataforma reúne um conjunto de idéias e propostas que o Instituto Ethos e as parceiras institucionais vêm desenvolvendo ao longo dos últimos anos com o objetivo de estimular as empresas e o Brasil a promover a transição para uma economia inclusiva, verde e responsável.

Durante o lançamento, os CEOs das empresas que contribuíram para a construção da plataforma deram depoimentos sobre a iniciativa. Em seguida ocorreu um debate sobre quais devem ser os principais elementos de uma agenda que permita o avanço para a nova economia. Os debatedores foram o sociólogo Ricardo Abramovay e o economista Sérgio Besserman Vianna, com moderação do jornalista Ricardo Arnt.

A partir desse debate, o Instituto Ethos promoverá uma consulta pública sobre a plataforma proposta.

Para conhecer a íntegra do documento, acesse:
- Versão em português;
- Version en español;
- Version in English.

Para aderir a esta plataforma, acesse www.ethos.org.br/plataforma.

Para enviar sugestões e comentários, escreva para plataforma@ethos.org.br ou pelo Facebook, LinkedIn, Twitter ou aqui mesmo, no blog do Instituto Ethos.

Para acessar a apresentação da Plataforma, feita por Paulo Itacarambi, vice-presidente executivo do Instituto Ethos, clique aqui.

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Guia apresenta proposta para reduzir impactos socioambientais em processos de REDD+

A publicação “Desenvolvendo Salvaguardas Socioambientais de REDD+: um guia para processos de construção coletiva” apresenta uma proposta passo-a-passo para processos de elaboração de salvaguardas socioambientais de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).

O guia foi elaborado por um grupo multissetorial de organizações e empresas brasileiras que incluiu ONGs ambientalistas, setor privado, instituições de pesquisa e movimento social, com especial protagonismo de organizações representantes de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares, através de um processo coletivo e com o envolvimento dos diversos setores da sociedade.

Esta publicação, elaborada a partir da iniciativa brasileira de Princípios e Critérios Socioambientais de REDD+, é de alta relevância para as discussões internacionais d e mudanças climáticas e florestas, pois existe uma grande preocupação de que o mercado de créditos de carbono florestais venha a causar impactos socioambientais, afetando especialmente os povos indígenas e comunidades que vivem na floresta. Apesar de haver muita discussão internacional sobre a questão, até o momento não havia sido apresentada nenhuma proposta metodológica para a elaboração destas salvaguardas.

Com o guia, as organizações envolvidas querem contribuir para o debate internacional, proporcionando um possível caminho para outros países de floresta tropical, onde a temática de REDD+ precisa ser levada para discussão com toda a sociedade civil.

A publicação foi lançada, oficialmente, durante a COP-16, realizada no México, em dezembro.

Grupo multissetorial que participou da elaboração da publicação:

Biofílica Investimentos Ambientais
COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
CNS – Conselho Nacional das Po pulações Extrativistas
CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
FAS – Fundação Amazonas Sustentável
GTA – Grupo de Trabalho Amazônico
IMAFLORA – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola
IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
ICV – Instituto Centro de Vida
IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
ISA – Instituto Socioambiental
Rede Povos da Floresta
TNC
WWF - Brasil

A publicação está disponível em Português, Inglês, Espanhol e Francês no site: www.icv.org.br

Daniela Torezzan


Fonte: Clipping Express

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

PNUMA afirma que gastos em economia sustentável devem ser de US$1,3 tri

Segundo o programa, os investimentos seriam pagos através da criação de empregos em diversos setores e trariam estabilidade à economia mundial

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a agência da ONU para o meio ambiente, divulgou nesta segunda-feira (21) uma nova estratégia para garantir um futuro sustentável para o planeta. A idéia é investir 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial – o que atualmente corresponde a cerca de US$1,3 trilhões – anualmente em dez setores-chave da economia para estimular o desenvolvimento de um modelo econômico sustentável.


“Os governos têm um papel central na mudança das leis e das políticas e no investimento de bens públicos para possibilitar a transição”, disse Pavan Sukhdev, economista sênior do Deutsche Bank e diretor da iniciativa Economia Verde do PNUMA. “Ao fazê-lo, podem também desbloquear os bilhões de dólares do capital privado em benefício de uma economia verde”.

De acordo com os dados, publicados em um encontro que reuniu mais de 100 ministros em Nairóbi, primeiramente a transição poderia levar à redução de postos de trabalhos em alguns setores, mas que num segundo momento o plano geraria índices de crescimento da economia iguais ou mesmo maiores que os da economia padrão.

Segundo o relatório, depois da fase de adaptação, os investimentos na economia verde passariam a se pagar através da criação de novos empregos, do desenvolvimento de novas empresas e indústrias renováveis, dos benefícios de uma atmosfera menos poluída, de economias resultantes da eficiência energética e da redução na emissão de GEEs.

Além disso, a transformação rumo a uma economia verde ajudaria a diminuir a pobreza e a reduzir à metade a ação humana no meio ambiente. O relatório também recomenda que sejam criadas políticas que desvinculem o crescimento econômico de um consumismo intenso. Segundo Sukhdev, “a aplicação inadequada de capital está no centro dos atuais dilemas do mundo e há medidas rápidas que podem ser tomadas, começando, literalmente, hoje”.

“Essas medidas englobam desde a diminuição e eliminação dos mais de US$600 bilhões de subsídios globais para combustíveis fósseis ao encaminhamento dos mais de US$20 bilhões de subsídios inadequadamente atribuídos a entidades envolvidas em atividades de pesca insustentável”, acrescentou.

A pesquisa realizada pelo PNUMA pretende confrontar o que considera os ‘mitos’ a respeito do desenvolvimento verde, começando pela idéia de que uma maior sustentabilidade significa menos progresso econômico. “Não há atualmente evidências substanciais de que a transição para uma economia verde iniba o desenvolvimento econômico ou a criação de oportunidades de emprego”, sustenta o relatório.

O relatório aconselha que os gastos totais sejam divididos da seguinte maneira: US$108 bilhões para agricultura; US$134 bilhões para tecnologias no corte de emissões; US$ 360 bilhões para energia; US$ 110 bilhões para pesca; U$15 bilhões para proteção de florestas; U$75 bilhões para a indústria; U$ 135 bilhões para o turismo; US$190 bilhões para o transporte; US$110 bilhões para resíduos e reciclagem e US$110 bilhões para água e saneamento básico.

Para Achim Steiner, subsecretário geral da ONU e diretor executivo do PNUMA, “com 2,5 bilhões de pessoas vivendo com menos de U$2 por dia e com um aumento populacional superior a dois bilhões de pessoas até 2050, é evidente que devemos continuar a desenvolver e a fazer crescer a nossa economia. No entanto, esse desenvolvimento não pode acontecer à custa dos próprios sistemas de apoio à vida na Terra, dos oceanos e da atmosfera que sustentam a nossa economia e, por conseguinte, às vidas de todos nós”.

O estudo, intitulado Toward a Green Economy: A Synthesis for Policy Makers (algo como Rumo a uma economia verde: uma síntese para responsáveis políticos), indicou que na primeira década do século 21, a intensificação das catástrofes naturais e a crise financeira mundial, levaram países e empresas a pensarem em alternativas mais sustentáveis para a economia.

“A economia verde, conforme documentado e ilustrado no relatório do PNUMA, proporciona uma avaliação centrada e pragmática de como os países, as comunidades e as empresas iniciaram uma transição para um padrão mais sustentável de consumo e produção”, ressaltou Steiner.

O PNUMA garante que o mundo vive um momento decisivo em termos de investimentos de baixo carbono. Enquanto países como a China e a Índia desenvolvem planos nacionais para a implementação de usinas e tecnologias verdes, na UE e nos EUA os investimentos em renováveis estão praticamente estagnados. De acordo com outro relatório a ser publicado hoje pelo governo alemão, a não ser que a Europa invista no desenvolvimento de projetos verdes, continuará enfrentando baixas taxas de crescimento. Já o aumento das metas de redução de imissões de 20% para 30% poderia, poder exemplo, aumentar o PIB europeu para US$842 bilhões (um crescimento de 6%) e criar cerca de seis milhões de empregos entre os estados membros.

Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Regras da logística reversa começam a ser definidas

Sucesso da implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos dependerá da participação de todos os setores

O governo instalou, na semana passada, o Comitê Orientador de Logística Reversa, que será responsável pela regulamentação das regras para o retorno às cadeias produtivas de materiais utilizados pelas indústrias, para os setores fabricantes de pilhas, lâmpadas, equipamentos eletroeletrônicos, pneus, óleos lubrificantes e embalagens de agrotóxicos.

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos só foi aprovado no ano passado, após 20 anos de tramitação no Congresso Nacional e este ano as regras começarão a ser finalmente definidas.

A partir de agora, inicia-se um processo sem volta em que setores importantes de nossa indústria terão de se responsabilizar efetivamente por todo o material produzido e, antes da lei, descartados invariavelmente de forma errada.

E existe um longo caminho a percorrer. Até hoje, apenas alguns poucos setores contemplados no plano têm se antecipado à lei e buscado soluções de logística reversa no seu negócio. Casos como o da indústria do vidro e das latas de alumínio já se utilizam largamente de materiais recolhidos e reciclados. Inclusive, depois do anúncio do governo para a instalação do comitê, a Associação Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, a Abividro, encaminhou ao Ministério do Meio Ambiente, um plano de implementação de logística reversa para o setor, comprometendo-se a recolher, depois de usados pelo consumidor final, todo tipo de embalagem de vidro.

Para citarmos apenas esse setor, dados da Abividro indicam que hoje se recicla bem menos do que a metade do que é produzido, algo em torno de 1 milhão de toneladas por ano. São embalagens de vidro usadas para bebidas, produtos alimentícios, medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos que vão parar direto no lixo, correspondendo em média a 3% dos resíduos urbanos. É bom lembrar que o vidro pode ser totalmente reutilizado. Um quilo de vidro reciclado rende exatamente 1 quilo de vidro para ser usado novamente pela indústria.

Outra indústria, o de eletroeletrônicos, disponibiliza desde o ano passado aos consumidores de todo o Brasil, um serviço online de informações sobre programas de logística reversa e orientações para o descarte correto de televisores, computadores, celulares e outros resíduos eletroeletrônicos.

Os exemplos ainda são poucos e é necessário acelerar essa adaptação. Independente do ritmo de trabalho estabelecido pelo comitê criado pelo governo, que nos próximos meses deverá apresentar o cronograma e os editais para acertar os detalhes da aplicação da lei com cada um dos setores, as empresas deveriam se antecipar e agir buscando adaptar-se o quanto antes a uma nova realidade sem volta.

E falando da realidade atual de descarte sem qualquer consciência, ela é causadora de problemas que vão das recentes inundações, as contaminações do solo e da água e do simples desperdício de materiais que ficam se deteriorando ao invés de servir para a produção de bens.

A lei é ambiciosa, pois estabelece também que todos os lixões do país deverão ser fechados até o dia 2 de agosto de 2014. A partir dessa data, apenas os resíduos que não podem ser reciclados serão enviados a aterros sanitários, onde serão estocados de forma adequada para evitar contaminação. Os municípios com mais de 200 mil habitantes terão até o 2 de agosto de 2012 para apresentar seus planos de gestão de resíduos.

O problema, ou melhor, a solução apresentada pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos não pode ser visto como uma questão de responsabilidade exclusiva das empresas, mas da sociedade como um todo. Para que as indústrias possam realizar o seu trabalho, será necessário que os consumidores também façam a sua parte, encaminhando corretamente os materiais para a reciclagem.

Nesse sentido, uma campanha maciça de alcance nacional explicando os benefícios da lei e do recolhimento e reciclagem seria fundamental para que os objetivos efetivamente venham a ser alcançados. Essa comunhão de esforços e ações do poder público, das empresas e da sociedade é a chave para o sucesso de um dos mais desafiadores projetos: a consolidação de um Brasil alinhado com o século XXI e os princípios do desenvolvimento sustentável.

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Último mês para inscrições no programa de capacitação de lideranças do Instituto Ethos

Gestão estratégica para a Sustentabilidade 2011

Este é o último mês de inscrições para a edição 2011 do programa Gestão Estratégica para a Sustentabilidade. Realizado pelo UniEthos, entre março e dezembro, o programa tem por objetivo contribuir para a incorporação da sustentabilidade e da responsabilidade social na estratégia de negócio das organizações por meio da troca de experiências e capacitação de suas lideranças.

Participam do programa entre sete e dez empresas que indicam três colaboradores em cargos de lideranças, responsáveis pela tomada de decisões estratégicas da companhia. Essas lideranças terão acesso a dez encontros de dois dias cada com especialistas em desenvolvimento sustentável e gestão socialmente responsável nas empresas.

Um dos encontros proporcionará a vivência na ecovila do Instituto Visão Futuro para contato com a aplicação dos princípios operacionais dos sistemas biológicos da natureza, tanto na vida social quanto na econômica (Bioeconomia). O objetivo desta imersão é demonstrar um modelo que busca reverter situações de desequilíbrio econômico, social e ambiental causado pelo homem.

A empresa contará ainda com a orientação do Uniethos para o desenvolvimento de um projeto aplicativo para a incorporação da sustentabilidade em um processo de sua gestão ou disseminação do conteúdo apresentado para os demais colaboradores.

A edição de 2011 será a sexta turma do programa.

A proposta detalhada do programa pode ser encontrada em http://uniethos.tempsite.ws/programas-educacionais/gestao-estrategica-para-a-sustentabilidade

Empresas interessadas devem entrar em contato pelo número (11) 3897-2432 ou pelo e-mail margo@ethos.org.br até o dia 28 de fevereiro

Duração: de março a dezembro 2011 (10 meses - 1 encontro de 2 dias a cada mês)

Horário: das 9h às 18h

Local: São Paulo, SP

Investimento e Descontos: Consultar página do programa no site do Uniethos

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