sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O valor da sustentabilidade

Ainda há quem duvide que adotar a gestão sustentável nos negócios traga reais benefícios. Mas o número destes incrédulos diminui a cada dia, ante os novos estudos que comprovam a importância de se adotar os critérios de sustentabilidade para avaliar e gerir uma empresa.
O mais recente, divulgado no último dia 25 de outubro, é da consultoria internacional Management & Excellence, mostra que a adoção de critérios e projetos socioambientais pelas empresas aumenta em até 4% o valor de mercado.

A consultoria chegou a esta conclusão depois de cruzar números de capitalização de mercado de empresas listadas no DJSI (Dow Jones Sustainability Index World) e no MSCI, índice que reúne as Bolsas da região Ásia-Pacífico, exceto Japão.

O DJSI, da Bolsa de Nova York, abrange 317 empresas de vários setores e regiões do planeta, selecionadas de acordo com o desempenho em 100 assuntos ligados a sustentabilidade. Já o MSCI, que tem na carteira algumas das maiores empresas abertas do mundo, não considera questões sobre o assunto.

As empresas também foram submetidas a uma avaliação de desempenho em 500 critérios em sustentabilidade, responsabilidade socioambiental, transparência e governança corporativa.


Estes critérios conseguem avaliar a gestão sustentável como um todo, levando em conta a capacidade de obter sucesso ao longo do tempo, sob o prisma econômico, social e ambiental.


Um estudo feito pelo Ibmec – SP e divulgado no final do ano passado corrobora a avaliação da consultoria. De acordo com os dados apurados pela entidade de ensino paulista, as empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo chegam a ter um valor de mercado até 19% superior àquelas que não põem o tripé da sustentabilidade na estratégia de negócios.


Se a gestão sustentável agrega valor e pesquisas conseguem “captá-lo”, por que as práticas ainda não se disseminaram por todas as empresas?

Uma das possíveis respostas é que as empresas ainda não conseguem reportar “com credibilidade” as ações de sustentabilidade, como fazem com as informações financeiras. Outra pesquisa com empresas listadas no ISE e apresentada ontem na Bolsa mostrou, no entanto, que o cenário começa a mudar, no que se refere à prestação de contas sobre sustentabilidade.


A pesquisa foi feita pela ong SustainAbility e pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e analisou os relatórios de empresas do ISE. A metodologia adotada examina quatro dimensões de um relatório: Governança e Estratégia; Gestão; Apresentação do Desempenho; Acessibilidade e Verificação.

Os resultados evidenciam avanços e um caminho aberto para muitas melhorias. A pesquisa conclui que as empresas brasileiras são líderes mundiais em entusiasmo e número de relatórios. Este fato traz o desafio de não só continuar a desenvolver e consolidar boas e melhores práticas, como também o de informar as partes interessadas a respeito destas práticas.


Assim atuando, as empresas vão fazer com que a sociedade – e o mundo dos negócios – perceba concretamente que a gestão sustentável faz diferença na vida do país e de cada um dos cidadãos.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mudar o desenvolvimento para salvar a biodiversidade

Uma drástica mudança no rumo do desenvolvimento econômico é essencial para evitar o desaparecimento dos ecossistemas do planeta, que são a base da vida, afirma um estudo publicado ontem na revista científica norte-americana Science. A mudança climática, a contaminação, o desmatamento e as transformações no uso da terra empurram as espécies à extinção, reduzindo sua abundância e os lugares que habitam.

“As sociedades e as infraestruturas humanas evoluíram e dependem de espécies e ecossistemas particulares”, disse Paul Leadley, da Universidade de Paris-Sud, que encabeçou o estudo. “Mesmo os cenários mais otimistas para este século sistematicamente preveem a extinção e a redução das populações de muitas espécies”, declarou Paul, da França, à IPS em conversa telefônica. A meta de frear a perda de biodiversidade até 2020 está sendo discutida esta semana nesta cidade japonesa, onde acontece a 10ª Conferência das Partes do Convênio sobre Diversidade Biológica. Porém, o objetivo de 2020 é, tristemente, algo “irreal”, admitiu Paul, baseando-se em cinco recentes estudos ambientais mundiais.

Paul e seu colega Henrique Miguel Pereira, da Universidade de Lisboa, lideraram uma equipe de 23 cientistas de nove países que compararam os resultados dos últimos estudos e uma ampla gama de literatura para avaliar as possíveis mudanças futuras na biodiversidade. A análise traça uma inevitável e contínua perda de biodiversidade no Século 21, mas oferece esperanças de que possa diminuir essa deterioração se forem adotadas as medidas políticas adequadas.

O termo biodiversidade é usado para descrever a ampla gama de variedades de seres viventes – árvores, insetos, plantas, animais – que formam a infraestrutura biológica e nos fornecem saúde, riqueza, alimento, água, combustível e outros serviços úteis. Muitos não entendem o quanto a humanidade é dependente de numerosos serviços proporcionados pela natureza e a rapidez com que isto está mudando, afirmou Paul.

Embora a atenção pública se concentre na extinção de espécies, é a mudança em sua distribuição e no tamanho de suas populações, o ponto mais grave para o bem-estar humano, bem como os melhores indicadores da pressão que é exercida pelas pessoas sobre os ecossistemas, diz o estudo. Nos oceanos, a combinação de pesca em excesso e mudança climática – causada pelas emissões de dióxido de carbono das atividades humanas – está transformando rapidamente a vida marinha a ponto de no futuro haver menos peixes grandes.

Além disso, o desmatamento e o aquecimento global estão transformando as paisagens terrestres. Uma pesquisa na selva amazônica concluiu que, se as temperaturas mundiais aumentarem dois graus centígrados, como parece provável, a mescla de incêndios com desmatamento acabará com a capacidade única dessa região para gerar a metade de sua própria chuva. Sem estas, a selva se converterá em região de pradarias, causando maciça liberação de dióxido de carbono e a perda de muitas espécies.

Mesmo se o desmatamento terminasse, a maior parte da selva amazônica poderia desaparecer em 50 ou 60 anos devido ao aquecimento do planeta, disse o biólogo Thomas Lovejoy, principal conselheiro sobre biodiversidade do presidente do Banco Mundial e membro do painel científico assessor do Fundo para o Meio Ambiente Mundial. “Dois graus de aquecimento será algo duradouro para muitos ecossistemas. As florestas tropicais estarão em dificuldades. Haverá poucos arrecifes de coral, a temperatura das florestas será muito diferente da atual”, afirmou Lovejoy à IPS em Nagoya.

Uma solução para esfriar o planeta e salvar a selva amazônica é restaurar florestas e áreas verdes, com a finalidade de remover dióxido de carbono da atmosfera, acrescentou o cientista. O crescimento econômico deve deixar de focar os lucros que proporciona a conversão de terras e procurá-los por meio da restauração da biodiversidade. Combater a mudança climática é uma forma de frear a perda de diversidade biológica, disse Paul. Colocar preço nas emissões de carbono em todas suas formas, desde a gerada pelo desmatamento até a agricultura seria uma maneira de enfrentar o problema, prosseguiu.

O desmatamento e a agricultura contribuem com 35% a 50% de todas as emissões de gás carbono na atmosfera. Também são os principais causadores da conversão de ecossistemas naturais. É necessário um forte peso de impostos sobre as emissões, incentivo aos esforços para capturar carbono e criação de áreas protegidas efetivas. Proteger apenas 20% da terra e 15% do mar, segundo proposto originalmente como meta para 2020 no Convênio, não é suficiente para deter a perda de biodiversidade.

As ações devem ser adotadas com urgência, disseram os cientistas, já que a janela de oportunidades se fecha rapidamente. Medidas imediatas poderiam garantir até 2030 uma ampliação de 15% das áreas florestais do planeta, mas a falta de ações pode gerar uma perda superior a 10% destas até esse ano. O maior desafio continua sendo convencer os políticos.

Os cientistas acreditam que a criação da Plataforma sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES, um mecanismo do grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática - IPCC) poderia fazer uma diferença. “Os temas são tão urgentes e o que está em jogo para a humanidade é tão importante que os cientistas devem unir-se e, por meio do IPBES, e informar os governantes com voz única e autorizada”, disse Henrique Miguel. Delegações governamentais expressaram em Nagoya seu apoio à criação do IPBES, mas alguns negociam seu apoio para conseguir a aprovação de um acordo sobre o acesso equitativo aos recursos biológicos.

(IPS/Envolverde)

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Trabalho decente e responsabilidade social empresarial

Segundo o Fórum Econômico de Davos, o Brasil é a oitava economia do mundo e pode vir a ser a quinta até 2025. Se é um dos maiores países do ponto de vista econômico, certamente não é dos melhores, no que tange a direitos dos cidadãos, pois, no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), ocupa a 75ª. colocação.

Por que o país cresce na economia e não avança em questões que garantam dignidade para todos os brasileiros?

O exemplo mais contundente deste descompasso entre pujança econômica e debilidade nos direitos humanos é a ocorrência de trabalho degradante e análogo à escravidão.

Trabalho degradante é aquele realizado em condições precárias de higiene e segurança, sem carteira assinada, enfim, é aquele cuja relação jurídica não garante ao trabalhador os direitos fundamentais da pessoa humana relacionados à prestação laboral. Trabalho forçado análogo à escravidão é o trabalho degradante somado à privação da liberdade, por dívida, por retenção de documentos, por estar em local geograficamente isolado, pela presença de seguranças armados, impedindo o seu direito de ir e vir.

De 1995 até agosto de 2009, 35 mil trabalhadores foram resgatados pelo MTE de condições análogas à escravidão, a quase totalidade no meio rural. A maior parte das ocorrências foi registrada no chamado “arco do desmatamento” que vai do Mato Grosso ao Maranhão; mas, desde 2005, quando as fiscalizações aumentaram, houve flagrantes também nos estados de São Paulo, Paraná e Minas.

Já as ocorrências de trabalho degradante são muito maiores e mais disseminadas. O Ministério do Trabalho e do Emprego registrou, até 19 de outubro deste ano, foram lavrados 2 363 autos de infração sobre condições humilhantes de trabalho na atividade rural. A mais comum é não fornecimento de água potável, seguida de más condições de alojamento, falta de instalações sanitárias e de equipamentos de segurança, bem como transporte coletivo inadequado.

Segundo o MTE, estas violações são comuns a todas as atividades do campo brasileiro.

As ocorrências registradas pelos fiscais do trabalho não tiveram lugar em pequenos sítios, cujas lavouras são para subsistência. O trabalho degradante (e o análogo à escravidão) ocorre em grandes empreendimentos, que produzem com alta tecnologia para o mercado interno e para a exportação. Por que, num país que se destaca como grande produtor e exportador de commodities, ainda existem trabalho degradante e trabalho forçado?

A justificativa mais usada pelos produtores rurais autuados é de que este tipo de relação de trabalho faz parte da cultura da região. Outro argumento apresentado é de que a Norma Regulamentadora 31 (NR 31), de 2005, que rege a segurança e a saúde no trabalho no campo, é difícil de ser cumprida porque exige investimento alto e também porque há diferenças de interpretação de fiscal para fiscal.

Por que as empresas não têm dificuldades em adotar inovação tecnológica como estratégia, por maior que sejam os custos da mudança, e não fazem o mesmo com o trabalho decente? As empresas responsáveis deveriam ter este tema – do trabalho decente – como prioridade um no planejamento estratégico.

O estado brasileiro tem combatido tanto o trabalho degradante quanto aquele análogo à escravidão. E esta atuação vem merecendo elogios internacionais, como os de Gulnara Shahinian, relatora da ONU para formas contemporâneas de escravidão.

Além das ações encetadas pelo governo, como a “lista suja”, um cadastro negativo do Ministério do Trabalho para relacionar as empresas autuadas por flagrantes de trabalho forçado, a relatora também citou o o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo como uma forma exemplar de enfrentamento a este crime. Articulado pelo Instituto Ethos, pela ong Repórter Brasil, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Instituto Observatório Social, este Pacto reúne 130 signatários, entre empresas, entidades associativas e organizações da sociedade civil. Entre os compromissos voluntários assumidos, está o de cortar relações comerciais com fazendas e empresas que sejam autuadas em flagrante utilização das modalidades contemporâneas de trabalho forçado e que, por isso, são relacionadas na “lista suja” do Ministério do Trabalho.

Este compromisso é levado a sério pelas signatárias.

A Vale, por exemplo, suspendeu compras de fornecedores que apareceram na lista suja e só retomou o relacionamento comercial depois que as empresas regularizaram a situação. As grandes redes de supermercado estabeleceram sistemas de monitoramento da carne que vendem em suas lojas para evitar a comercialização de produto originário de fazendas autuadas por desmatamento ilegal e trabalho degradante ou trabalho forçado. E as siderúrgicas instaladas no norte do País criaram, em 2006, o Instituto Carvão Cidadão, para erradicar o trabalho análogo à escravidão na cadeia do ferro gusa, principalmente nas carvoarias. Aliás, um setor que poderia e deveria atuar com mais ímpeto na eliminação deste problema são as empresas participantes da cadeia do aço, em especial as montadoras de veículos Outro setor em que já há grandes empresas se movimentando é o setor de têxteis, no qual foram registrados vários casos de trabalho escravo nas grandes metrópoles, especialmente em São Paulo.

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Emissões de gases aumentaram cerca de 60% em 15 anos

Foram 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono produzidos pelo País entre 1990 e 2005

Brasília - As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005, passando de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). O número foi apresentado hoje (26) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, durante a reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

O novo inventário nacional de emissões será apresentado à Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas antes da próxima Conferência das Partes (COP), em novembro, em Cancún, no México. O balanço faz parte da Segunda Comunicação Nacional à Convenção – um relatório do que o Brasil tem feito para mitigar as causas e atenuar os impactos do aquecimento global.

O inventário anterior trazia os dados de 1990 a 1994. Para este ano, o compromisso assumido com a ONU era apresentar dados até 2000. Mas o governo brasileiro decidiu avançar e agregar números até 2005.

O desmatamento ainda é o principal vilão das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O setor de mudança no uso da terra e florestas é responsável por 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19% das emissões nacionais e o setor de energia é responsável por outros 15%.

O inventário também contabiliza emissões da indústria e do tratamento de resíduos, responsáveis por 3% e 2% do total nacional, respectivamente.

Rezende também apresentou uma estimativa das emissões brasileiras em 2009, que não será levada à ONU. Pelos cálculos, no ano passado, o Brasil teria emitido 1,775 gigatoneladas de CO2 equivalente, 33% a menos que em 2005. A queda, segundo o ministro, se deve principalmente à redução do desmatamento na Amazônia nos últimos anos, somada à manutenção do nível de crescimento de emissões nos outros setores.

Fonte: Exame.com

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Os ventos e a sustentabilidade

Desde o século 5 a.C, na Pérsia, sabe-se que os ventos podem gerar energia limpa e abundante. É de lá que vem o moinho de vento, invenção originalmente utilizada para mover água e irrigar os campos de arroz e trigo. Os mecanismos básicos que movimentam os moinhos não mudaram desde então; o vento atinge uma hélice que, ao movimentar-se, gira que impulsiona outro equipamento. Na antiguidade, um monjolo. No século 21, um gerador de eletricidade.

Os séculos que separam o moinho persa dos atuais parques eólicos foram marcados por grandes descobertas científicas. Elas, inclusive, explicaram o que é vento. Não é o sopro dos deuses, como os antigos imaginavam. O vento é o resultado da diferença de temperatura entre a água e a terra, planícies e montanhas, nas regiões tropicais, equatoriais e polares. A força do vento – e a quantidade de energia nele contida – depende da época do ano, da hora do dia e da vegetação e da topografia local.

O litoral brasileiro, por suas características, é considerado um local “abençoado” por ventos que podem gerar milhões de kW de energia elétrica. Desde os anos 1990 existem empreendedores fincando hastes e hélices em alguns locais especialmente beneficiados pelos regimes de ventos, como os litorais de Santa Catarina e Ceará. Mas, as iniciativas não prosperaram, porque a energia eólica nunca foi vista como viável.

No entanto, esta idéia vem mudando principalmente depois que a questão das mudanças climáticas entrou na pauta dos governos, das empresas e da sociedade. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) listou a energia eólica como alternativa às hidrelétricas, em épocas de seca, mas favoreceu a construção de termelétricas movidas à óleo combustível ou gás natural. A explicação era o alto custo de instalação das usinas eólicas, tornando também alto o preço do MWatt.

Com a retração das economias européias, no entanto, os investidores e fabricantes de equipamentos voltaram suas atenções ao Brasil e o preço baixou em poucos meses. No primeiro leilão de fontes renováveis alternativas, realizado em dezembro de 2009, o preço da eólica havia ficado em R$ 148 o Mwatt. No segundo, ocorrido em agosto deste ano, o preço baixou para R$ 130, 60 por Mwatt, menor até que o da energia gerada por bagaço de cana.

O resultado surpreendeu até mesmo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e firmou a energia eólica como alternativa viável aos combustíveis fósseis no Brasil.

Como a estimativa é que os preços baixem ainda mais nos próximos leilões, as usinas eólicas poderão quintuplicar sua capacidade instalada até 2013, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica). O setor, que hoje tem 744 Mwatt instalados e 1806 mWatt em processo de instalação, poderá ter mais 2047 mW até 2013, num total de 161 usinas, se cumprir os contratos vendidos no leilão de agosto. Os investimentos previstos são de 18 bilhões de reais.

Com leilões regulares de energia eólica e o interesse dos grandes fabricantes de trazer para cá as indústrias de equipamentos, o Brasil poderá ser em pouco tempo uma “potência eólica”. Novo mapeamento mostra que o potencial eólico do país é de 300 mil Mw, mais do que toda a capacidade instalada no mundo todo, de 158 mil Mw.

O Nordeste tem sido a região preferida para a construção das novas fábricas, justamente porque o maior potencial eólico encontra-se nesta área do país. Por isso, a maior parte dos investimentos está sendo dirigida para lá. Com isso, em pouco tempo, o Nordeste poderá ter não apenas muitas usinas eólicas como um parque industrial avançado para a fabricação de componentes.

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