sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Construção sustentável avança no Brasil

O Sustainable Buildings & Construction Iniciative e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com a Universidade da Europa Central (CEU) realizou um levantamento mundial de dados sobre políticas públicas, apresentando soluções ecoeficientes para o setor de construção civil, principalmente no campo da eficiência energética.

Este levantamento foi traduzido e lançado no Brasil, no último dia 24 de agosto, durante o Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, em São Paulo, sob o título Avaliação de Políticas Públicas para a Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa em Edificações.

Conheça aqui exemplos de políticas que estão sendo realizadas no Brasil e saiba mais sobre alguns de seus resultados.

O levantamento verificou que as maiores oportunidades de redução de emissões nas edificações se encontram em medidas de eficiência energética. Por isso, fez uma lista de ações, divididas em quatro grandes estratégias e vinte políticas, que devem ser adotadas na operação de edifícios. Segundo o relatório do IPCC de 2007, os edifícios são responsáveis por 30% das emissões dos gases-estufa; a indústria de cimento é responsável por 12% das emissões. Se não houver um controle de emissões das edificações, não será possível reduzir o carbono na atmosfera.

No que diz respeito ao Brasil, algumas estratégias de redução apontadas pelo relatório já são utilizadas em edifícios comerciais, de serviços e públicos, com o apoio do Estado, quando é o caso.

Por exemplo: de acordo com esta publicação, uma das estratégias para melhorar a eficiência energética é a concessão pelo governo de subsídios, subvenções e descontos para a reforma de edifícios públicos. No Brasil, o Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica concede verbas a companhias de utilidades públicas estaduais e municipais, agências governamentais, empresas privadas, universidades e institutos de pesquisa que executem reformas visando eficiência energética. Entre 1986 (ano em que o Procel foi criado e teve início o subsídio) até 1998, houve economia cumulativa de 5,3 TWh em consumo de energia e de 169ktCO2 de redução de emissões.

Entre as políticas mencionadas pelo relatório, está a criação de normas para eletrodomésticos e a regulamentação de compras. No primeiro caso, de novo o Procel tem resultados a apresentar. Desde 1993, instituiu o selo Procel de Economia de Energia que é dado a eletrodomésticos, lâmpadas, motores, reatores, aquecimento solar, ventiladores de teto e lâmpadas de vapor de sódio. O selo é um prêmio entregue aos fabricantes destes produtos que atendem as normas de eficiências estabelecidas pela Eletrobrás. Para merecer o selo, os produtos são testados em ensaios por laboratório indicados pelo próprio Procel. O resultado é anunciado numa cerimônia todo final de ano e as empresas com melhores resultados ganham o selo. Em quinze anos de existência, o selo induziu processos e produtos que permitiram economia de energia equivalente às usinas de Jirau e Santo Antônio, segundo o Ministério das Minas e Energia.

Outra política mencionada pelo relatório é a etiquetagem ou certificação voluntária das edificações. O Brasil tem o Procel Edifica, um programa que busca incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações novas, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente. Até 2012, a adesão é voluntária. A partir de então, a etiqueta será obrigatória.

Há cinco edifícios com a etiqueta no Procel Edifica no Brasil: Fatenp – Faculdade de Tecnologia de Nova Palhoça (em Palhoça /SC); Cetragua – Centro de Tecnologias Sociais para a Gestão da Água (em Florianópolis /SC); sede da Caixa em Belém; Agência da Caixa em Curitiba; Centro Tecnológico do Carvão Limpo

Esta é o tema de Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos, no boletim Responsabilidade Social, da rádio CBN, no dia 28 de agosto.

O boletim Responsabilidade Social vai ao ar pela rádio CBN FM, todas as segundas, quartas e sextas-feiras às 15h. O boletim faz parte do programa CBN Total, apresentado por Adalberto Piotto.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Dia de Ação pelo Clima 29/08


Será no próximo dia 29 a mobilização do Dia de Ação pelo Clima: 100 dias até Copenhague

Confira aqui as cidades que já tem atividades
programadas e saiba como participar!


Belo Horizonte: Praça da Savassi. Horário: 10 às 12hs – Relógio: a conferir. Organização: Greenpeace e Campanha TicTacTicTac

Brasília: Parque da Cidade. 10 às 13hs. Organização: Greenpeace

Fortaleza: Praça Tibúrcio Cavalcante. Horário: 8hs30-13hs. Atividades: Teatro de bonecos, exibição de filmes, pintura de painéis sobre o clima e oficinas temáticas. Caminhada ecológica, saindo do Parque das Crianças (Rua Visconde de Rio Branco, s/n), às 8hs, até a Praça dos Leões. Organização: Juventude Alternativa Terrazul e Campanha TicTacTicTac

Manaus: Praça da Polícia (Praça Heliodoro Balbi / Palacete Provincial, s/n – Centro). Horário: 17 às 19hs. Relógio com contagem regressiva. Organização: Greenpeace e Campanha TicTacTicTac

Porto Alegre: Usina do Gasômetro. Horário: 15 às 17hs – Relógio com contagem regressiva. Organização: Greenpeace e Campanha TicTacTicTac

Recife: Pracinha da Boa Viagem. Horário: 9 às 12hs. Organização: Greenpeace.

Rio de Janeiro: Praia de Copacabana (em frente ao Copacabana Palace). Horário: 17 às 19hs – Relógio: a conferir. Organização: Greenpeace e Campanha TicTacTicTac

Salvador:
Farol da Barra. Horário. 15 às 18hs - Relógio com contagem regressiva. Organização: Greenpeace e Campanha TicTacTicTac

São Paulo:
Parque do Ibirapuera, próx. Portão 10. Horário: 13 às 15hs – Relógio com contagem regressiva. Organização: Greenpeace e Campanha TicTacTicTac

Teresina: Av. Principal do Centro da Cidade. Horário: pela manhã. Organização: Rede Ambiental do Piauí e Campanha TicTacTicTac

Mais informações: www.tictactictac.org.br


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Exigências ambientais como incentivo a inovações

Post enviado por Cristina Spera
26 de agosto de 2009
São Paulo - SP

Pode a legislação ambiental cada vez mais restritiva incentivar a criatividade e o empreendedorismo?

Sim e as grandes construtoras brasileiras, que já exportam seus serviços para muitos países, sabem disso.


No seminário realizado ontem, no WTC, “Brasil e as mudanças climáticas: oportunidades para uma economia de baixo carbono”, Otávio Marques de Azevedo, diretor-presidente da Andrade Gutierrez, comentou o exemplo da própria empresa que dirige. Responsável pela construção das grandes hidrelétricas do país e de obras de infra-estrutura aqui e lá fora, a AG foi adaptando seus métodos, processos e serviços às exigências ambientais cada vez mais restritivas. A preocupação atual com o baixo impacto é generalizada, em contraste com os anos 70, por exemplo, quando a questão era apenas crescer. Neste período, a Andrade Gutierrez participou do consórcio que ergueu a hidrelétrica de Tucuruí, cujo lago é hoje considerado uma verdadeira bomba emissora de gás metano. Em contraste, a empresa hoje está construindo, em parceria com a Carioca Christiani Nielsen, o gasoduto Coari-Anamã, um trecho de 196 km que atravessa oito municípios do estado do Amazonas, passa por floresta fechada e rios de até 60 m de profundidade, em áreas onde chove muito e, por isso, o solo é saturado, dificultando a locomoção. As obras, iniciadas em 2006, precisaram atender também ao quesito de baixo impacto ambiental. Por isso, este gasoduto – que tem outros três trechos construídos por outros consórcios – já é considerado um marco na engenharia brasileira.

Esta obra monumental vem exigindo superação e criatividade dos profissionais envolvidos. O trecho é constituído por uma linha-tronco de 196 km e 20 polegadas de diâmetro, com mais 75 km de ramais de 10 polegadas de diâmetro. Estes dutos foram construídos em áreas pantanosas de grandes inundações e dificuldades climáticas, em meio à floresta densa que precisava manter-se intocada. Em um trecho do caminho, foi preciso atravessar o rio Solimões, por baixo, com largura entre as margens de quase 2km.

Os métodos tradicionais de engenharia e de logística não dariam conta dos desafios. Por isso, a Andrade Gutierrez inovou. Usou GPS para realizar as perfurações nos lugares exatos, importou e adaptou equipamento de perfuração com baixo impacto, transportou tubos por helicópteros e levou estruturas pré-montadas em balsas para armazenar o material (de modo que, depois da obra, pudessem ser recolhidas, sem deixar resíduos na floresta).

O licenciamento ambiental foi obtido por meio de estudos elaborados pela Universidade Federal do Amazonas que, para redigir o documento final, realizou audiências públicas em todos os municípios do traçado do gasoduto, com mais de três mil participantes. Por causa do licenciamento, foram estabelecidos os ramais secundários para a entrega do gás em todos os oito municípios (não previstos no projeto original) e um programa de compensações socioambientais que está melhorando a vida de 135 comunidades e dos moradores das cidades cortadas pelo gasoduto. Por isso, este licenciamento tornou-se referência internacional para este tipo de obra.

Para aqueles que ainda vêem a legislação ambiental como “obstáculo”, este é um exemplo de que ela promove inovação.

Esta é o tema de Sério Mindlin, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, no boletim Responsabilidade Social, da rádio CBN, no último dia 26 de agosto.


O boletim Responsabilidade Social vai ao ar pela rádio CBN FM, todas as segundas, quartas e sextas-feiras às 15h. O boletim faz parte do programa CBN Total, apresentado por Adalberto Piotto.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Empresas brasileiras assumem compromisso de reduzir emissões

Post enviado por Cristina Spera
São Paulo - SP
24 de agosto de 2009

A pouco menos de 100 dias da reunião do COP-15 em Copenhague, empresas brasileiras lançam amanhã uma carta aberta ao Brasil na qual assumem publicamente o compromisso de reduzir suas emissões. A carta também traz uma série de sugestões para influenciar a posição do governo brasileiro na 15ª Conferência das Partes.

O documento será entregue ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e ao negociador-chefe da delegação brasileira em Copenhague, Luiz Alberto Figueiredo Machado, no seminário Brasil e as Mudanças Climáticas – Oportunidades para uma economia de baixo carbono, que será realizado amanhã pela manhã, no WTC. Entre outros pontos, o documento ressalta a importância da criação de mecanismo de incentivo para a redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD), incluindo a conservação e o manejo florestal sustentável. Com isso, é possível criar valor econômico para a floresta em pé, ou para o desmatamento evitado.

No entanto, mais do que manter a floresta em pé, o Brasil precisa se desenvolver e melhorar saúde, educação e emprego para todos os brasileiros. O REDD pode colaborar com estas metas? Ao assumir metas voluntárias de redução, as empresas brasileiras assumem protagonismo na construção do desenvolvimento sustentável? O que você recomendaria ao governo brasileiro para a reunião de Copenhague?

Ouça o comentário de Sérgio Mindlin às 15h, no boletim Responsabilidade Social da rádio CBN e escreva aqui o seu comentário.

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Futebol e sustentabilidade

Mensagem enviada por Cristina Spera
São Paulo - SP
21 de agosto de 2009

O Coritiba completa seu centenário em 2009 e, como uma das comemorações, organizou o “jogo verde” contra o Palmeiras, no último dia 19 de agosto, no estádio Couto Pereira.

Por que verde?

Porque, com a parceria de uma consultoria ambiental, realizou um inventário das emissões da partida, levando em conta o deslocamento na cidade das torcidas, times e árbitros, hospedagem e viagens das delegações de fora, consumo de energia e água no estádio, produção de lixo orgânico e de resíduos sólidos e até queima de fogos de artifício. No total, foram 30 toneladas que foram compensadas pelo plantio de 30 árvores.

Esta atitude foi mero marketing ou alguns times de futebol no Brasil também vão puxar uma mudança cultural rumo à sustentabilidade? Aliás, a gestão responsável dos clubes pode acabar com a violência no futebol? As torcidas podem ter papel positivo na sociedade?

Esta é o tema de Paulo Itacarambi, vice-presidente do Instituto Ethos, no boletim Responsabilidade Social, da rádio CBN, no último dia 21 de agosto.

Se você quiser ouvir a íntegra deste comentário, clique aqui.

O boletim Responsabilidade Social vai ao ar pela rádio CBN FM, todas as segundas, quartas e sextas-feiras às 15h. O boletim faz parte do programa CBN Total, apresentado por Adalberto Piotto.

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