Por Redação Amazônia.org.br
Campanha utiliza a tag chegadequeimadas para chamar atenção ao problema.
Foi lançada nesta quanta-feira (25) uma campanha pelos usuários do Twitter que pede medidas do governo para que as queimadas que acontecem no país cheguem ao fim. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, esse ano, o estrago provocado pelas queimadas pode ser maior que em 2007, quando houve o maior número de incêndios dos últimos cinco anos.
A situação mais crítica ocorre no Tocantins, onde as queimadas já destruíram 216 mil hectares do Parque Nacional do Araguaia. O instituto também considera crítica a situação no sul do Pará e em Rondônia. Além da destruição das florestas, as queimadas trazem prejuízos sociais e econômicos. Os aeroportos de Rondônia e Acre ficaram fechados por vários dias, por falta de visibilidade ocasionada pela fumaça. O tráfego nas estradas também foi afetado, principalmente no período noturno.
Em função dos incêndios que se alastram por causa da seca, 100 casas foram destruídas pelo fogo em Marcelândia (MT). No mesmo Estado dois trabalhadores da Usina Pantanal, na zona rural de Jaciara, morreram em um acidente durante uma queima de cana-de-açúcar. Uma das vítimas morreu no local. O outro trabalhador no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
Em Rondônia os ribeirinhos estão com dificuldades para navegarem no Rio Madeira, já que além da baixa do rio, ocasionada pelo período de seca, a visibilidade é praticamente zero. Na região urbana a cidade está tomada por neblina, e a fumaça, em certos momentos chega a tomar conta das residências. Os atendimentos nos postos de saúde e nas policlínicas aumentaram substancialmente: apenas no Hospital Infantil Cosme e Damião, o atendimento a crianças que apresentam problemas respiratórios subiu 70%.
O ambientalista e diretor da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira afirmou em seu microblog que os "gastos com doença respiratória, mortes e acidentes são pagos por todos nós. #chegadequeimadas é economia".
Limpando o terreno
Durante o período de seca na Amazônia, os produtores rurais ateiam fogo em seus terrenos para renovar o cultivo, seja de agricultura, pasto ou para a pecuária. Esses incêndios avançam sobre as florestas, e por isso os Estados costumam proibir as queimadas durante este período. A prática, no entanto, continua sendo utilizada.
Para participar da campanha use a tag chegadequeimadas em seu twitter. Participe!
(Envolverde/Amazônia.org.br)
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