terça-feira, 5 de outubro de 2010

Índia não quer desenvolvimento sujo

País se torna terceiro maior emissor

O ministro indiano do ambiente, Jairam Ramesh, disse ontem na reunião do clima da ONU em Tianjin, na China, que o país não pode ter um alto crescimento econômico aliado a um rápido aumento nas emissões de carbono - num momento em que o país se torna o terceiro maior emissor, atrás da China e dos Estados Unidos.

As emissões da Índia per capita são ainda baixas, mas a demanda por energia cresce, com a classe média comprando mais carros, TVs e casas. Grande parte desta energia ainda vem de petróleo e carvão, principais fontes de dióxido de carbono no aquecimento global.

Ramesh disse que enriquecimento do país não pode acontecer às custas do ambiente. "Nós vamos, unilateral e voluntariamente, caminhar para um padrão de baixo carbono. Não podemos ter um crescimento do PIB de 8% a 9% com emissões altas". A Índia atravessou bem a crise financeira global e mira um crescimento de 10% ao ano para os próximos anos.

"Somos hoje o terceiro maior emissor de gases estufa do mundo. A China responde por 23%, os EUA com 22% e a Índia com 5%", afirmou ele.

Na Índia, a redução é uma questão sensível, dados os altos custos envolvidos. Mas o primeiro-ministro, Manmohan Singh, convocou em janeiro um painel que aponte o caminho para uma economia mais verde, e os resultados do estudo devem ficar prontos no final do ano.

Embora a Índia esteja identificando fontes alternativas de energia viáveis, como a solar, o carvão permanece como espinha dorsal num país onde 1.1 bilhão de pessoas não têm acesso à eletricidade, informa o stv.tv.

Fonte: Planeta Sustentável

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