quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Líderes do setor privado reúnem-se para elaborar estratégia brasileira de biodiversidade

A reunião em Brasília, (3 e 4/8), é o primeiro de cinco encontros com diferentes segmentos da sociedade para internalizar no país as metas da Convenção sobre Diversidade Biológica.

Líderes empresariais de todo o país que estão na vanguarda das discussões sobre o uso sustentável da biodiversidade estão reunidos em Brasília, nos dias 3 e 4 de agosto de 2011 para ajudar a definir a estratégia brasileira de biodiversidade.

O encontro faz parte dos Diálogos sobre Biodiversidade: Construindo a Estratégia Brasileira para 2020, iniciativa organizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), juntamenta com a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), o WWF-Brasil e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). O evento conta ainda com o apoio do Movimento Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB), do Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O objetivo da iniciativa é elaborar de forma participativa, com diferentes setores da sociedade, uma estratégia e um plano de ação que ajudarão a internalizar no país o Plano Estratégico da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) para 2020, aprovado na 10ª. Conferência das Partes (COP-10) sobre o tema, realizada em Nagoya, no Japão, em outubro do ano passado.

Entenda o contexto

Após a aprovação pelos países membros da CDB do novo Plano Estratégico da Convenção sobre Diversidade Biológica para o período de 2011 a 2020 na COP 10, o Brasil inicia agora o processo de revisão e atualização da sua estratégia nacional e do plano de ação brasileiro para biodiversidade.

Para isso, o governo – por meio do MMA e das organizações civis – realizará consultas aos diversos setores da sociedade brasileira para ajudar na elaboração de metas nacionais de biodiversidade para 2020. Ao todo, serão cinco reuniões setoriais: com o setor privado (o primeiro a ser consultado), com a sociedade civil, com os governos (estadual, municipal e federal), com a academia e com povos indígenas e comunidades locais.

Os documentos elaborados nesses encontros serão consolidados e apresentados em uma reunião final com representantes de todos os setores, para avaliação e considerações finais. Em seguida, o documento resultante desse processo irá para consulta pública.

O foco empresarial

As 20 metas contempladas no Plano Estratégico da CDB estão subdivididas em cinco objetivos estratégicos que tratam de questões que vão do estímulo ao desenvolvimento sustentável até a conservação da biodiversidade terrestre e marinha, passando pelo combate aos fatores de pressão aos ecossistemas. Os objetivos abordam ainda questões como o aumento do conhecimento sobre o valor da biodiversidade e a mobilização de recursos financeiros.

As metas globais são bem amplas e a ideia é que os setores da sociedade trabalhem sobre elas e elaborem submetas nacionais que sejam adaptadas à realidade brasileira, tanto por setor específico quanto por biomas.

As metas que mais afetam o setor empresarial são as que se relacionam com a incorporação dos custos da biodiversidade nas contas nacionais, a valoração da biodiversidade, a redução da poluição, o pagamento por serviços ambientais, a implementação do protocolo de Nagoya sobre acesso e repartição dos benefícios oriundos do uso da biodiversidade (Protocolo de ABS) e a mobilização de recursos financeiros.

Por Jaime Gesisky, o Movimento Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB)

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