sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Desafios da transição para uma sociedade social e ambientalmente democrática

Por Jorge Abrahão
Um novo ano se inicia com a posse da primeira mulher presidente de nosso país e as expectativas são positivas para que possamos avançar no rumo de uma sociedade mais justa e sustentável. E para que isso se torne possível precisaremos enfrentar alguns desafios para continuar o processo de amadurecimento das empresas, dos governos e da sociedade como um todo para a consolidação das questões ligadas a responsabilidade social e ambiental.

Para efetivamente chegarmos a uma sociedade sustentável será preciso atuar em diversas dimensões.

A dimensão política com o aprimoramento da democracia representativa, pois é por meio dela que são tomadas decisões importantes que impactam a vida de todos, portanto, será fundamental não mais se postergar a reforma política. Precisaremos também aprimorar os mecanismos de democracia participativa com o fortalecimento dos conselhos comunitários em seus diversos campos de atuação, tais como, os de segurança, educação e ambiental. Também destaco a importância da participação direta do cidadão utilizando mais e melhor as leis de iniciativa popular e os referendos.

Já na dimensão econômica, existem grandes desafios para as empresas, podemos citar a melhoria de processos, como a substituição de matriz energética com investimento em energias limpas, a ampliação no tratamento de resíduos ou mudanças na logística como a substituição do transporte rodoviário pelo ferroviário, entre outros exemplos. Além é claro, das práticas da inovação e da visão de longo prazo com critérios de desenvolvimento sustentável, fundamentais para a consolidação das atividades empresariais.

Na dimensão cultural cabe refletir sobre a necessária mudança de comportamento de todos nós cidadãos, nos espaços públicos, no trabalho, em casa e que sejam reavaliados para se tornarem mais sustentáveis em nosso cotidiano. Como eu uso a água, como trato o lixo ou como eu utilizo as fontes de energia que estão a minha disposição. Aspectos como o da educação cidadã e do consumo consciente devem fazer parte de nossa vida de maneira definitiva. Ao tomarmos as decisões de consumo devemos considerar os impactos sociais e ambientais dessas ações.

A união de todas essas dimensões tem como objetivo maior garantir a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades sociais e a melhor distribuição de renda no país. Em resumo, a urgente e inadiável busca pela melhor qualidade de vida para toda a sociedade.

Por todas essas razões, o Instituto Ethos está criando uma agenda, para os próximos 10 anos, ou seja, pensando 10 anos à frente, com o estabelecimento de ações concretas sobre o papel dos governos, das empresas, das organizações e dos cidadãos para que se faça uma perene e definitiva transição para uma sociedade mais sustentável.

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