sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As empresas e o compromisso com a infância e a juventude

Empresas de São Paulo vão contar com um apoio estratégico importante para escolher o que, onde e como fazer investimentos sociais na cidade a partir deste dia 15, sexta-feira. O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e a Rede Nossa São Paulo vão lançar uma espécie de guia para orientar as ações sociais de empresas voltadas para crianças e adolescentes, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população como um todo.

A iniciativa integra o conjunto de ações que o Fórum Empresarial de Apoio à Cidade de São Paulo quer realizar a favor da capital paulista. Conta também com o apoio do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O guia foi lançado hoje pela manhã no auditório da Fecomércio , com a apresentação de um documento da Unicef que destaca a importância de se investir na infância e na adolescência: é a maneira mais rápida de se eliminar desigualdades e aumentar a qualidade de vida de toda a população. Criança que vai a boas escolas consegue ficar longe do crime e desenvolver suas capacidades, podendo construir uma carreira profissional vitoriosa.

As propostas de investimento reunidas no guia são resultado do cruzamento de indicadores organizados pela Rede Nossa São Paulo, de consultas feitas pelo Unicef com moradores de comunidades pobres e de metas da Agenda 2012 da Prefeitura.

O documento traz orientações sobre que tipo de investimento social deve ser feito e como deve ser feito, dividido por três faixas etárias: de zero a seis anos, de 7 a 14 anos e de 15 a 18 anos. Foram escolhidas quatro comunidades prioritárias, por apresentarem piores indicadores e apresentarem um processo de articulação social mais atuante:
Zona Leste – Jardim Aricanduva (Distrito: Aricanduva)
Zona Norte – Anhanguera (Distrito: Anhanguera )
Zona Centro/Oeste – Jaguaré (Distrito: Jaguaré )
Zona Sul – Nova Aliança (Distrito: Parelheiros)

O guia orienta as empresas a priorizar ações em regiões com piores indicadores sociais, somar esforços com quem já está atuando e investir em projetos que promovam o desenvolvimento integral de meninos e meninas. Também sugere monitorar e avaliar resultados, bem como enumera algumas iniciativas que podem ser adotadas por faixa etária, como:

- para crianças até seis anos, programas que fortaleçam a capacidade das famílias de cuidar bem das crianças desde a gestação (cursos de proteção à saúde infantil, prevenção de acidentes e violência doméstica; construção, ampliação ou melhoria de creches e escolas de educação infantil; formação de gestores e cuidadores.

- entre 7 e 14 anos: ações complementares à escola, construção, ampliação ou melhoria de centros comunitários; envolvimento com a comunidade para gerir os equipamentos públicos voltados às crianças e adolescentes.

- dos 15 aos 18 anos: programas de formação profissional, projetos de reforma do ensino médio.

A empresa também pode contribuir para o fortalecimento dos conselhos tutelares e dos centros de defesa da criança e do adolescente, como forma de garantir os direitos de crianças e jovens.

Sem esquecer de que, no âmbito da própria empresa, há muito o que fazer: desde garantir creche e o direito de amamentação aos filhos de funcionárias, a contratação de aprendizes e até mesmo programas específicos para os filhos de funcionários, atendendo alguma necessidade verificada pela gestão. Não adianta cuidar da comunidade e deixar ao largo o próprio negócio.

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