A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em março pelo Congresso Nacional e sancionada em agosto pela Presidência da República, já está mexendo com os negócios. A lei sancionada prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos e proíbe a manutenção de lixões em todo o país. A estimativa do governo é que, com a nova legislação, o potencial de geração de renda do setor de reciclagem salte de R$2 bilhões para R$ 8 bilhões anuais, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esse número já está causando impactos no setor de gestão de resíduos e tratamento de água.
A Estre Ambiental e a Haztec Soluções Integradas anunciaram sua fusão no último dia 16/8, fato que cria a maior empresa de engenharia ambiental do país, com faturamento superior a R$ 1 bilhão por ano.
A empresa resultante da fusão, que contará com a participação de fundos de investimento como o BBI Multimercado, do Bradesco, o AG Angra e o InfraBrasil, já nasce como candidata a ser listada em bolsa. O negócio da nova empresa: destinação de resíduos sólidos, tratamento de água para processos industriais e geração de energia a partir dos gases produzidos nos aterros.
A união da Estre com a Haztec, ainda em fase de concretização, vai permitir a complementaridade dos negócios de ambas as empresas e o planejamento da expansão dentro dos critérios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga as empresas a recolher os produtos descartáveis e encaminhá-los à reciclagem para que retornem à produção como insumos. É a chamada “logística reversa”.
As duas empresas contam hoje com 17 aterros sanitários que recebem 40 mil toneladas de lixo por dia. A nova empresa vai investir num projeto de valorização desses resíduos. Em outubro, entra em operação uma máquina que não só separa metal, plástico, papel e vidr, como isola esses materiais do lixo orgânico, pelo peso. Essa máquina também é capaz de triturar qualquer material em quadrados pequenos. Assim, os resíduos já podem ser vendidos pré-processados para as empresas recicladoras e também para as cimenteiras, como substituto do coque.
Com a separação adequada entre matéria orgânica e resíduo reciclável, 55% do lixo recolhido serão reciclados e apenas 45% irão para o aterro. Outro ganho dessa tecnologia é a ampliação da vida útil dos aterros, já que menos lixo será depositado.
No entanto, a demanda da sociedade, que também está expressa na nova lei, vai além disso. A coleta seletiva e a reciclagem precisam apontar para a inclusão das cooperativas de catadores na cadeia produtiva das empresas e órgãos responsáveis pela limpeza pública.
Um dos problemas que impedem a ampliação da coleta seletiva no país tem sido a falta de tecnologias que tornem o trabalho do catador menos penoso e mais eficiente. Faz parte da responsabilidade social das empresas e órgãos responsáveis pela limpeza pública integrar no planejamento estratégico as cooperativas de catadores, gerando oportunidade de renda e trabalho, bem como de cidadania.
Se integrar a inovação tecnológica com a ampliação da parceria com cooperativas, essa nova empresa vai realmente fazer a diferença e talvez até iniciar uma nova era na gestão de resíduos e lixo no país.
A Estre Ambiental e a Haztec Soluções Integradas anunciaram sua fusão no último dia 16/8, fato que cria a maior empresa de engenharia ambiental do país, com faturamento superior a R$ 1 bilhão por ano.
A empresa resultante da fusão, que contará com a participação de fundos de investimento como o BBI Multimercado, do Bradesco, o AG Angra e o InfraBrasil, já nasce como candidata a ser listada em bolsa. O negócio da nova empresa: destinação de resíduos sólidos, tratamento de água para processos industriais e geração de energia a partir dos gases produzidos nos aterros.
A união da Estre com a Haztec, ainda em fase de concretização, vai permitir a complementaridade dos negócios de ambas as empresas e o planejamento da expansão dentro dos critérios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga as empresas a recolher os produtos descartáveis e encaminhá-los à reciclagem para que retornem à produção como insumos. É a chamada “logística reversa”.
As duas empresas contam hoje com 17 aterros sanitários que recebem 40 mil toneladas de lixo por dia. A nova empresa vai investir num projeto de valorização desses resíduos. Em outubro, entra em operação uma máquina que não só separa metal, plástico, papel e vidr, como isola esses materiais do lixo orgânico, pelo peso. Essa máquina também é capaz de triturar qualquer material em quadrados pequenos. Assim, os resíduos já podem ser vendidos pré-processados para as empresas recicladoras e também para as cimenteiras, como substituto do coque.
Com a separação adequada entre matéria orgânica e resíduo reciclável, 55% do lixo recolhido serão reciclados e apenas 45% irão para o aterro. Outro ganho dessa tecnologia é a ampliação da vida útil dos aterros, já que menos lixo será depositado.
No entanto, a demanda da sociedade, que também está expressa na nova lei, vai além disso. A coleta seletiva e a reciclagem precisam apontar para a inclusão das cooperativas de catadores na cadeia produtiva das empresas e órgãos responsáveis pela limpeza pública.
Um dos problemas que impedem a ampliação da coleta seletiva no país tem sido a falta de tecnologias que tornem o trabalho do catador menos penoso e mais eficiente. Faz parte da responsabilidade social das empresas e órgãos responsáveis pela limpeza pública integrar no planejamento estratégico as cooperativas de catadores, gerando oportunidade de renda e trabalho, bem como de cidadania.
Se integrar a inovação tecnológica com a ampliação da parceria com cooperativas, essa nova empresa vai realmente fazer a diferença e talvez até iniciar uma nova era na gestão de resíduos e lixo no país.
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