segunda-feira, 13 de abril de 2009

Uma fábrica no nordeste que busca a sustentabilidade

O nordeste do Brasil ainda é uma das regiões mais carentes do Brasil, mas o cenário vem mudando, principalmente porque os 40 milhões de brasileiros que vivem lá representam um imenso mercado consumidor. Em 2008, cresceu mais de 25% e passou a região sul.

Este potencial que começa a ser despertado é o principal argumento do governo federal para construir 50 terméletricas na área. Como se para crescer é preciso ser insustentável.

A sustentabilidade deve ser uma maneira de analisar e fazer negócios. Quando seus princípios estão entranhados na visão da empresa, as soluções aparecem e contribuem para o fortalecimento dos negócios.


É o que a Sadia está demonstrando com a inauguração, na metade de março, de usa fábrica de embutidos para o mercado nordestino e nacional. A unidade está sendo construída em Vitória de Santo Antão, a 50 km de Recife, em Pernambuco. Terá capacidade para produzir quase 150 mil toneladas /ano de mortadela, apresuntado, salsicha e outros embutidos, gerando um mil e quinhentos empregos diretos, quatro mil indiretos (quando a fábrica estiver em pleno funcionamento) e uma receita adicional de 390 milhões de reais / ano à Sadia.

A nova fábrica, cujo projeto teve investimento de 300 milhões de reais, conta com avançados processos tecnológicos relacionados à sustentabilidade, considerando a preservação do meio ambiente, das comunidades e de todas as partes interessadas que estão sob a área de influência do empreendimento.

Para mitigar as emissões, a Sadia está implementando um grande projeto de aflorestamento na região, por meio do plantio de árvores nativas em uma área de 1,2 mil hectares. A recomposição de florestas está sendo feita principalmente em áreas degradadas, como nascentes de rios que abastecem a região, que foram definidas entre a companhia, órgãos públicos da área ambiental e entidades civis relacionadas ao tema. Até o momento a Sadia já recuperou 5km da mata ciliar das margens do Rio Tapacurá, que é uma das áreas que faz parte do projeto de aflorestamento.

A Sadia pretende ainda envolver toda a comunidade atingida pelas ações de aflorestamento, por meio de ações de conscientização ambiental em cada localidade. Para cada região que receber o plantio de árvores nativas, a companhia vai promover ações de educação ambiental nas escolas, a fim de conscientizar as futuras gerações sobre a importância da preservação do meio ambiente na região em que eles vivem. Para o plantio das árvores, a Sadia está iniciando uma parceria com o Programa Chapéu de Palha e vai absorver a mão de obra dos cortadores de cana durante o período de entressafra. Para coleta de sementes e produção de mudas, a Sadia assinou protocolo de intenções com a Universidade Federal Rural de Pernambuco. O acordo também contempla apoio à pesquisa científica e à educação ambiental com crianças do ensino fundamental.
O projeto conta ainda com uma série de iniciativas que visam reduzir o impacto da atuação da fábrica sobre o meio ambiente. A unidade terá uma estação de tratamento de efluentes com capacidade equivalente à de uma estação de tratamento de resíduos gerados por um município com 25 mil habitantes.

Além disso, a unidade terá três lagoas com capacidade para armazenar 300 mil m3 de água, volume equivalente ao consumo de um ano. O objetivo é captar a água da chuva, que será posteriormente tratada. Uma dessas lagoas será destinada a captar água para reuso de 40% da água consumida pela unidade. Os efluentes líquidos serão tratados e posteriormente a água será reutilizada em atividades não-produtivas, como irrigação ou limpeza de veículos. A fábrica fará ainda o aproveitamento máximo da luz solar para iluminação natural e vai instalar um projeto-piloto de energia fotovoltaica para iluminação noturna.

Comentou Ricardo Young

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