Mensagem enviada por Leonard Almeida
Estudante de jornalismo
São Paulo - SP
No debate de ideias sobre as alternativas para um mundo sustentável, as grandes empresas tem uma importância fundamental. E um dos papéis que lhes cabe sociedade foi tema na mesa redonda 2 de discussão: RELAÇÃO CAPITAL–TRABALHO, A CRISE COMO OPORTUNIDADE PARA AVANÇOS E INOVAÇÕES NA AGENDA DO TRABALHO DECENTE. Um dos pontos tocados foi a necessidade de se manter a população empregada para o combate à crise econômica no Brasil.
Os palestrantes foram Artur Henrique da Silva Santos, presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sandrine Lage, fundadora da Sperantia, empresa portuguesa que realiza pesquisas de opinião em RSE (Responsabilidade Social Empresarial), e Janine Berg especialista em emprego da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Ficou clara a importância da criação de "empregos verdes", para um desenvolvimento sustentável conjunto entre cidadão e empresa, e a conscientização sobre a sustentabilidade no ambiente interno dessas organizações.
Representantes de instituições e órgãos de vários setores da sociedade estavam presentes na platéia. Moneide Arai, da Cavo Serviços de Saneamento, empresa de gestão ambiental do Grupo Camargo Corrêa, explica como eles trabalham esse processo de mudança. "Tentamos ensinar a complexidade do problema em toda sua estrutura, desde o faxineiro aos presidentes, através de ações, palestras, oficinas, sempre explicando o conceito do "Tripé da Sustentabilidade".
Sobre os projetos desenvolvidos e a geração de empregos verdes na Camargo Corrêa, Arai admite que ainda não existem objetivos concretos a respeito, mas um monitoramento das ações da empresa está sendo feito. "Ainda não temos metas específicas, mas estamos evoluindo aos poucos. Estamos mapeando todos os setores da empresa, identificando e informando os excessos e o que pode ser mudado, usando cerca de 25 indicadores de consumo, como o GRI Ethos", afirma Arai. Segundo ela, foi criada até uma diretoria de Sustentabilidade, o que explicita a preocupação da empresa com o tema.
Para Darci Bertholdo, funcionário da área de Políticas Sociais do Ministério do Planejamento, o Brasil "não tem experiência na área", mas devem ser construídas maneiras de se fazer sustentável sem abalar sua economia. Para ele, "o trabalhador também terá que se adequar".
Em relação à crise, com o problema das demissões em massa e as demandas sindicalistas por melhoria nas condições do trabalho, Arthur Henrique da Silva Santos, presidente da CUT, apontou as dificuldades para que empresas, sindicatos e Estado negociem reformas nas leis trabalhistas.
Bertholdo afirma que a posição do governo deve ser a de mediador nesse debate, mas também lutar pelos direitos do trabalhador. "O Estado deve ser o mediador, mas também deve assegurar condições e direitos mínimos aos trabalhadores. Com a crise, percebe-se que o Estado é ainda relevante para manter o pacto antes estabelecido".
Berg relatou que a OIT estima que 3 milhões de pessoas ficarão desempregadas nos próximos meses na América Latina. Segundo ela, os empregos verdes podem ajudar a evitar esse problema, e ao mesmo tempo acelerar o desenvolvimento sustentável do país e a responsabilidade social da população.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Os "empregos verdes" e as relações de trabalho em uma sociedade "aspirante" a sustentável
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Existe um portal gratuito para empregos verdes no país chamado GreenJobs: http://www.greenjobs.com.br
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