Entre os diversos exercícios de reflexão que são feitos mundo afora a respeito dos destinos do planeta, um dos mais profundos e completos é o documento Visão 2050, lançado em 2010 pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla em inglês). Para construir essa Visão 2050, o WBCSD ouviu 29 empresas globais em 14 setores da indústria. Também realizou diálogos em 20 países com centenas de especialistas e representantes de outras empresas, governos e sociedade civil.
Durante a realização do 4ª. Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, os participantes discutiram a elaboração de uma agenda brasileira da sustentabilidade – a Visão 2050 Brasil, que será levada à presidenta Dilma Rousseff e também à Rio + 20 pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Ao contrário dos cenários comentados aqui na quarta-feira, a Visão 2050 traz uma perspectiva positiva para o planeta e exala fé no futuro da humanidade.
Mundo
A Visão 2050 estima que, nesse ano, o mundo terá 9 bilhões de pessoas vivendo bem dentro do limite do planeta.
O mundo sustentável de 2050 garantirá acesso universal a educação, saúde, mobilidade, alimentos básicos, água, energia, moradia e bens de consumo, sem danos à biodiversidade, ao clima e aos ecossistemas.
Para atingir esses objetivos, as empresas têm um papel fundamental, principalmente porque serão decisivas para a sociedade atingir algumas prioridades é preciso atender algumas prioridades, tais como:
- possibilitar educação e poder econômico, especialmente às mulheres
- desenvolver soluções ambientais mais eficientes
- incorporar os custos das externalidades ao planejamento estratégico
- dobrar a produção agrícola sem aumentar o consumo de água ea extensão das terras agricultáveis
- reduzir pela metade as emissões de carbono no planeta, tendo por base 2005
- potencializar de 4 a 10 vezes a utilização de recursos materiais renováveis.
Dar conta dessas prioridades significará vencer o desafio da pobreza no mundo de hoje, em que mais de 2 bilhões de pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia. Há 1,6 bilhão sem acesso à eletricidade e 900 milhões sem acesso a transporte.
Vencer a pobreza torna-se mais urgente ainda porque as estimativas da ONU indicam que, em 2050, 70% da população mundial – 6 bilhões de pessoas - estarão vivendo em áreas urbanas.
Para o CEBDS, os números mostram o potencial do novo mundo a ser construído. As oportunidades globais de negócios associados à sustentabilidade vão de 3 trilhões a 10 trilhões de dólares em 2050. Até 2020, entre 500 bilhões e 1,5 trilhão de dólares podem ser investidos em negócios como energia, agricultura, florestas, alimentos, água, metais, saúde e educação..
A “corrida verde” já começou
Por causa das cifras mencionadas, hoje as empresas não têm dúvida de que a economia verde já se firmou. Só falta crescer e tornar-se a linha mestra do desenvolvimento. A China não demora a ser líder dessa nascente economia, pelo foco que vem dando ao tema da sustentabilidade em seu próximo plano de 5 anos, e também pelos investimentos em energia limpa. Nesse campo, ela é a líder mundial, com 21% dos 162 trilhões de dólares investidos mundialmente no setor.
Onde estará o Brasil?
Em 2050, o país terá quase 260 milhões de habitantes, 36% a mais que em 2010, uma taxa de crescimento demográfico dentro dos limites do razoável. Por isso e pelo potencial demonstrado, a previsão é de que o Brasil alcance um alto nível de desenvolvimento humano dentro dos limites do planeta, isto é, sem pressionar ecossistemas, florestas e recursos naturais.
Cumprir essa previsão implica superar alguns de nossos mais históricos desafios, como:
- emancipar social e economicamente as mulheres brasileiras;
- democratizar e melhorar substancialmente a educação no país
-melhorar o acesso aos serviços básicos como saneamento e assistência médica
- promover a igualdade social
- gerenciar as cidades de forma integrada.
O mundo sustentável de 2050 garantirá acesso universal a educação, saúde, mobilidade, alimentos básicos, água, energia, moradia e bens de consumo, sem danos à biodiversidade, ao clima e aos ecossistemas.
Para atingir esses objetivos, as empresas têm um papel fundamental, principalmente porque serão decisivas para a sociedade atingir algumas prioridades é preciso atender algumas prioridades, tais como:
- possibilitar educação e poder econômico, especialmente às mulheres
- desenvolver soluções ambientais mais eficientes
- incorporar os custos das externalidades ao planejamento estratégico
- dobrar a produção agrícola sem aumentar o consumo de água ea extensão das terras agricultáveis
- reduzir pela metade as emissões de carbono no planeta, tendo por base 2005
- potencializar de 4 a 10 vezes a utilização de recursos materiais renováveis.
Dar conta dessas prioridades significará vencer o desafio da pobreza no mundo de hoje, em que mais de 2 bilhões de pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia. Há 1,6 bilhão sem acesso à eletricidade e 900 milhões sem acesso a transporte.
Vencer a pobreza torna-se mais urgente ainda porque as estimativas da ONU indicam que, em 2050, 70% da população mundial – 6 bilhões de pessoas - estarão vivendo em áreas urbanas.
Para o CEBDS, os números mostram o potencial do novo mundo a ser construído. As oportunidades globais de negócios associados à sustentabilidade vão de 3 trilhões a 10 trilhões de dólares em 2050. Até 2020, entre 500 bilhões e 1,5 trilhão de dólares podem ser investidos em negócios como energia, agricultura, florestas, alimentos, água, metais, saúde e educação..
A “corrida verde” já começou
Por causa das cifras mencionadas, hoje as empresas não têm dúvida de que a economia verde já se firmou. Só falta crescer e tornar-se a linha mestra do desenvolvimento. A China não demora a ser líder dessa nascente economia, pelo foco que vem dando ao tema da sustentabilidade em seu próximo plano de 5 anos, e também pelos investimentos em energia limpa. Nesse campo, ela é a líder mundial, com 21% dos 162 trilhões de dólares investidos mundialmente no setor.
Onde estará o Brasil?
Em 2050, o país terá quase 260 milhões de habitantes, 36% a mais que em 2010, uma taxa de crescimento demográfico dentro dos limites do razoável. Por isso e pelo potencial demonstrado, a previsão é de que o Brasil alcance um alto nível de desenvolvimento humano dentro dos limites do planeta, isto é, sem pressionar ecossistemas, florestas e recursos naturais.
Cumprir essa previsão implica superar alguns de nossos mais históricos desafios, como:
- emancipar social e economicamente as mulheres brasileiras;
- democratizar e melhorar substancialmente a educação no país
-melhorar o acesso aos serviços básicos como saneamento e assistência médica
- promover a igualdade social
- gerenciar as cidades de forma integrada.
A carta de boas intenções precisa de mensageiros/interlocutores a se dirigirem aos mais diversos segmentos sociais para convocar uma grande assembleia onde, deixadas de lado as diferenças, os compromissos possam ser assumidos em torno dos pontos elencados na carta.
ResponderExcluirO problema é a falta de mensageiros capazes, credenciados. Pois, ainda hão de surgir, e quando surgirem não serão reconhecidos imediatamente. Afinal, há um processo secular de distanciamento e confronto entre os segmentos.
Mas, devemos nos colocar a disposição para defesa e garantia de viabilidade da materialização da mensagem da carta.